Sindicatos de trabalhadores do setor da construção civil das 12 cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 marcaram, para o dia 6 de março próximo, a entrega da pauta de reivindicações da categoria à diretoria da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
A pauta envolve operários que participam das obras para o Mundial de Futebol. Não está está descartada a definição de um indicativo de greve. Uma paralisação das atividades prejudicaria as obras em execução.
Os trabalhadores pedem piso salarial unificado, cesta básica de R$ 300, fixação do piso de dois salários-base para a aplicação do Programa de Lucros e Resultados (PLR), hora extra de 80% de segunda a sexta-feira, 100% aos sábados e 150% aos domingos e feriados; garantia de organização por local de trabalho; adicional noturno de 50%; folga familiar de cinco dias úteis, a cada 60 dias trabalhados; implantação de melhores condições de saúde e trabalho e contrato de experiência de 30 dias.
Segundo o movimento, esta é uma forma de garantir condições dignas de trabalho e igualdade, na divisão dos benefícios advindos com a realização da Copa do Mundo.
Seis de março será o dia nacional de mobilização dos sindicatos, em prol dos trabalhadores das obras da Copa do Mundo. Nessa data, os sindicatos das cidades-sede farão uma grande mobilização em suas cidades, distribuindo panfletos informativos e dialogando diretamente com os operários.
Em Cuiabá, um dos pontos de mobilização será a obra da Arena Pantanal, no bairro Verdão.
A ação faz parte da “Campanha por Trabalho Decente Antes e Depois de 2014”, que foi o tema de uma reunião entre todas as lideranças no último dia 23, em São Paulo. A campanha é coordenada pela Federação Internacional dos Trabalhadores na Construção e da Madeira (ICM).
Entre as entidades filiadas à ICM, está o Sindicato dos Trabalhadores na Indústria da Construção Civil de Cuiabá e Municípios, que coordena a campanha em no Estado, juntamente com a Federação dos Trabalhadores na Indústria de Mato Grosso (Fetiemt).
A campanha pede que a Fifa adote os princípios mais elementares do trabalho decente estabelecidos pela Organização Internacional do Trabalho (OIT).
A pauta de reivindicação será enviada também para o Sinicon (Sindicato Nacional da Indústria da Construção Pesada), para os ministérios do Trabalho e Esportes, Ministério Público do Trabalho e Tribunal Superior do Trabalho.