Mato Grosso encerrou o ano de 2010 com 125% de expansão nos financiamentos imobiliários sobre o o volume contabilizado no ano anterior. Ao todo, R$ 607,331 milhões foram aplicados na compra, construção, reforma e ampliação residenciais por pessoas físicas no ano passado. Os dados são do Sistema Financeiro Nacional, do Banco Central, e se referem ao balanço repassado pelas instituições financeiras sobre utilização dos recursos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE). No ano anterior foram emprestados aos mato-grossenses R$ 269,094 milhões.
O valor desembolsado para a aquisição da casa própria totalizou R$ 280,881 milhões, 65% a mais do que os R$ 169,871 milhões emprestados em 2009. A maior variação registrada, entretanto, de um ano para outro foi para o crédito destinado a obras, tanto de construção quanto de reformas. O aumento foi de 229%. Ano passado R$ 326,450 milhões foram liberados para as pessoas adquirirem materiais para construção e financiar mão de obra, contra R$ 99,223 milhões em 2009.
O presidente da Associação dos Comerciantes de Materiais para Construção de Mato Grosso (Acomac), Antônio Zompero afirma que entre 50% e 60% das vendas dos produtos são financiadas e que o número de parcelas varia de acordo com o crédito tomado. "Os financiamentos concedidos pelos bancos variam entre 24 e 36 meses. Quando a intenção é parcelar em menor tempo, as próprias lojas concedem o crédito".
A professor Maurides de Sá Costa Júnior contratou R$ 12 mil para fazer o acabamento da casa adquirida de um programa do governo. "Fiz o empréstimo para colocar piso, azulejo e fazer muro. A casa dos programa habitacionais geralmente vêm sem o acabamento". Júnior vai começar a pagar no próximo mês porque o banco concede 3 meses de carência.
A economista Luceni Grassi explica que os incentivos concedidos pelo governo foram essenciais para este incremento. Segundo ela, o aumento do limite para o financiamento, a possibilidade de utilizar o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), e os maiores índices de emprego garantiram a construção ou aquisição da casa própria. "Os estímulos foram para a população de baixa renda assim como para aqueles com maior poder aquisitivo, para reduzir o déficit habitacional que havia no Estado e no país".
O diretor habitacional do Sindicato da Construção Civil de Mato Grosso (Sinduscon), Paulo Bresser, diz que este mercado atualmente tem a participação de bancos públicos e particulares, o que possibilita melhores condições.
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