Cuiabá, Domingo, 15 de Junho de 2025
LOGÍSTICA DE TRANSPORTES
28.04.2012 | 11h03 Tamanho do texto A- A+

Produtores rurais vão fazer pressão por hidrovia em MT

Debate em Alta Floresta mostrou as vantagens na construção de um porto na região Norte

Famato/Reprodução

Edeon Vaz:  hidrovia é uma evolução no setor de logística de transporte no país

Edeon Vaz: hidrovia é uma evolução no setor de logística de transporte no país

KATIANA PEREIRA
ENVIADA ESPECIAL A ALTA FLORESTA

Participantes do debate realizado pelo "Movimento Pró-logística", em Alta Floresta (803 km ao Norte de Cuiabá), na noite de sexta-feira (27), elegeram a pressão como a melhor forma para conseguir que hidrovias sejam viabilizadas, juntamente com a hidrelétrica que será construída nos Rios Teles Pires e Tapajós, na região Norte de Mato Grosso.

O eventou contou com a participação de cerca de 150 pessoas, entre produtores rurais, representantes de entidades,engenheiros e políticos.

O coordenador executivo do Movimento Pró-logistica, Edeon Váz, abordou os custos para a construção de quatro hidrovias na região Norte. O valor estimando é de aproximadamente R$ 2 bilhões. Sendo que, segundo cálculo do Movimento, as hidrovias gerariam uma economia de cerca de R$ 1,9 bilhão, anualmente, nos frete das commodities agrícolas.

“Não existe motivo para não se construírem as hidrovias. É uma evolução no setor de logística, economia para o produtor e aproveitamento do rio. Temos que usar a pressão para viabilizar esse projeto. Nosso objetivo é mobilizar a mídia, políticos, empresários e sociedade em prol dessa causa. Sem pressão, essa hidrovia não vai sair. É o único jeito de mudar essa situação. Vamos fazer pressão de todos os lados”, disse o executivo.

Vaz também mostrou a importância da implantação da Ferrovia da Integração do Centro Oeste (Fico), que vai ligar Mato Grosso e Goiás, com ramal para o Norte, e da pavimentação das BRs-242 158 e 163, que serão corredores de escoamento das cidades produtoras de grãos, até o futuro porto.

Ele explicou que, quando a eclusa é construída junto com a hidrelétrica, o custo da obra é apenas de 7% de acréscimo no valor final. Quando as eclusas são feitas após o término da construção da hidrelétrica, esse custo pode passar dos 30%.

“Quando conseguirmos viabilizar a navegação nesses rios, o custo de criação da hidrovia será revertido em lucro; é uma economia certa no valor do frete. Não há dificuldade na criação. Hoje, a engenharia tem solução para tudo”, explicou.

Edeon Vaz informou que o Ministério dos Transportes já garantiu os R$ 2 bilhões que serão necessários para a construção da hidrovia. “A construção da hidrovia de Cachoeira Rasteira é de responsabilidade do Ministério dos Transportes, já foi garantido esse empenho. Agora, precisa de vontade política para sair do papel. Precisamos de uma política de Governo”, disse.

Ganhos

O Movimento Pró-logística é uma união de entidades mato-grossenses, que tem como objetivo acompanhar projetos de desenvolvimento logístico e propor soluções que possibilitem ganhos econômicos, sociais e ambientais através da logística.

Além de Vaz, o superintendente de Navegação Interior, da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), Adalberto Tokarski, palestrou sobre a importância da construção das hidrovias.

Estiveram no debate representantes da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Associação dos Criadores de Mato Grosso (Acrimat), Associação dos Produtores de Soja e Milho de Mato Grosso (Aprosoja), Associação Mato-grossense dos Produtores de Algodão (Ampa), entre outras entidades parceiras do Movimento Pró-Logística.

* A jornalista Katiana Pereira viajou a Alta Floresta a convite da Famato.




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