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28.02.2011 | 10h30 Tamanho do texto A- A+

Veja quais foram os 12 erros capitais de Adilson no Santos

Adilson perde cargo de técnico no Santos

TERRA
Adilson Batista foi alvo de vaias no empate entre Santos e São Bernardo. Foto: Agência Lance

Na tarde do último domingo a demissão de Adilson Batista foi confirmada pelo Santos
Foto: Agência Lance

O técnico Adilson Batista trabalhou apenas 54 dias no Santos, disputou só 11 partidas, sofreu uma mísera derrota e, mesmo assim, acabou demitido. A polêmica decisão tomada pela diretoria santista no último domingo foi comemorada pelos torcedores e até por alguns dirigentes, que já estavam insatisfeitos com algumas atitudes do treinador.

Contestado, o comandante foi demitido de seu segundo clube paulista em menos de seis meses e viveu diversos problemas que já o atrapalharam nos tempos de Parque São Jorge, quando acabou mandado embora com apenas 17 duelos no comando do Corinthians.

Por isso, o Terra listou 12 erros capitais de Adilson no cargo, dentre aqueles mais discutidos entre a torcida até os mais agudos, que foram fundamentais na queda do técnico.

Confira abaixo a relação: Ao longo das 11 partidas que esteve no comando santista, Adilson usou nada menos do que 10 escalações diferentes. As únicas vezes que o treinador repetiu o mesmo time foram nos embates contra o Prudente (vitória por 4 a 2) e São Caetano (3 a 3). Nos confrontos, a equipe foi a seguinte: Rafael; Jonathan, Edu Dracena, Durval e Léo; Adriano, Pará, Elano e Robson; Maikon Leite e Keirrison.

1 - Mudanças constantes nas escalações -

2 - "Invenções" na equipe - Adilson não tinha problemas no cargo até a partida contra a Ponte Preta. Na ocasião, o técnico mexeu no time titular e fez algumas "invenções". Primeiro, colocou o zagueiro Bruno Aguiar na lateral esquerda - o Santos levou o primeiro gol por essa faixa do campo. Depois, mandou Anderson Carvalho para a direita, inverteu Pará para a esquerda e começou a provocar a ira da torcida.

3 - Falta de padrão de jogo - Batista não conseguiu manter um esquema tático fixo no Santos e foi duramente criticado por não estabelecer um padrão de jogo. Na estreia, escalou um 4-3-3, com Maikon Leite e Keirrison no ataque. Nos três jogos seguintes, apelou para o 4-4-2 com um volante de origem, Pará improvisado no meio e Elano e Robson na criação de jogadas.
Posteriormente, variou de um 4-4-2 mais defensivo, com dois volantes (geralmente Adriano - depois Arouca - e Possebon), ao 4-3-1-2 (o esquema mais polêmico foi usado contra o modesto Táchira, da Venezuela, com três volantes como titulares: Possebon, Danilo e Arouca) e perdeu o respaldo da direção.

4 - Reforços "bichados" - O maior reforço do Santos para a temporada foi Elano, que vem correspondendo às expectativas, só que não foi indicado por Adilson. Jonathan, Charles e Aranha, por suas vezes, chegaram com pompas à Vila Belmiro, mas acabaram como incógnitas. "Pergunte aos médicos se estou bichado", disse Jonathan em entrevista coletiva, irritado com o rótulo.
O lateral-direito, que sofre de pubalgia desde setembro do ano passado, sentiu lesão no início do ano e participou de apenas quatro partidas. Já os outros dois sequer estrearam: o volante Charles continua no Departamento Médico e volta possivelmente em abril, enquanto o goleiro Aranha é apenas o segundo reserva.

5 - Confiou demais na direção - Publicamente, a cúpula do Santos dizia que só cobraria Adilson Batista quando este estivesse com o time ideal nas mãos - palavras do presidente do clube, Luis Alvaro de Oliveira Ribeiro, em entrevista na última quarta-feira.
Contudo, o que se via nos bastidores era exatamente o oposto. Diversos conselheiros e diretores influentes eram contrários à contratação desde o começo, mas Adilson resolveu confiar nas palavras de seus superiores e viu o tiro sair pela culatra.

6 - Falta de respaldo dos "cabeças" do grupo - Diversos atletas experientes considerados como "cabeças" do elenco estavam insatisfeitos com algumas atitudes do treinador. Substituições inusitadas, escalações distintas e falta de padrão de jogo eram as principais alegações dos jogadores. Esse foi um problema que também o derrubou nos tempos de Corinthians.

7 - Derrota para o Corinthians - Nem a fama de "rei dos clássicos" ajudou Batista em sua passagem pelo Santos. Após derrotar o São Paulo por 2 a 0 em seu primeiro clássico, o treinador sucumbiu justamente diante do arquirrival santista, o Corinthians, no que foi sua única derrota em 11 confrontos no cargo. O revés deixou a situação do treinador insustentável nos bastidores.

8 - Cortou Felipe Anderson da Libertadores - O talentoso meia, 17 anos, é um dos xodós da torcida santista. Com boas atuações entre os profissionais, era quase unânime entre os torcedores que o atleta deveria estar na lista de convocados para a Libertadores, mas não foi o que ocorreu. Batista preferiu levar Robson, que tem pré-contrato assinado com o Avaí e deve deixar o Santos no meio do ano.

9 - Barrou "queridinhos" da torcida - Após sacar Felipe Anderson da lista de convocados para a Copa Libertadores, o treinador continuou deixando de lado as preferências do torcedor. Na estreia pelo torneio continental, por exemplo, barrou outros dois "queridinhos" dos torcedores, os atacantes Zé Eduardo e Maikon Leite. Repetiu o feito na partida seguinte, contra o Corinthians.
Posteriormente, em seu último jogo no cargo, escalou Zé Eduardo, mas substituiu o avançado por Maikon Leite durante o tempo complementar, ao invés de colocar os dois para atuarem juntos ao lado de Neymar. O incidente causou a ira da Vila Belmiro, que chamou o treinador de "burro".

10 - Insistiu com Diogo - O atacante veio depois de passagem apagada pelo Flamengo, clube em que marcou apenas um gol em 17 jogos. Na Vila Belmiro, foi indicado por Adilson e por enquanto vem fracassando. Foi titular contra Noroeste, Táchira e Corinthians, não marcou nenhum gol e ainda desbancou os xodós Maikon Leite e Zé Eduardo, o que deixou o torcedor santista furioso.

11 - Barrou Neymar nos pênaltis - A polêmica das cobranças de pênalti derrubou Dorival Júnior no ano passado, quando o treinador proibiu Neymar de cobrar uma penalidade. Batista não ligou para isso e disse publicamente, enquanto o camisa 11 estava com a Seleção Brasileira Sub 20, que Elano seria o batedor oficial. A atitude não atrapalhou, mas gerou polêmica. Elano converteu dois (Prudente e São Caetano), desperdiçou um (Noroeste) e voltou a bater contra o São Bernardo - desta vez, já com Neymar em campo.

12 - "Sombra" de Dorival - Adilson não soube conviver com a "sombra" de Dorival Júnior na Vila Belmiro. Questionado por diversas vezes sobre o estilo do ex-técnico santista, Adilson se esquivava e buscava desfazer qualquer traço de Júnior da equipe. "O que vocês precisam entender é que mudou um pouquinho em relação à época do Dorival", disse Batista na última sexta-feira. Contudo, o nome de Dorival Júnior ainda é muito forte no Santos entre diretores e torcedores e o próximo treinador também deve conviver com esse fardo




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