Cuiabá, Terça-Feira, 16 de Setembro de 2025
"COBRANÇA COM FUZIL"
16.09.2025 | 14h35 Tamanho do texto A- A+

Delegado: empresários recebiam 2% em esquema de extorsão

Operação Primatus foi deflagrada na manhã desta terça e investiga um crime em garimpo do interior

Victor Ostetti/MidiaNews

O delegado da Draco, Rodrigo Azem, responsável pela Operação Primatus, deflagrada nesta terça-feira (16)

O delegado da Draco, Rodrigo Azem, responsável pela Operação Primatus, deflagrada nesta terça-feira (16)

LIZ BRUNETTO E LARISSA AZEVEDO
DA REDAÇÃO

O delegado Rodrigo Azem afirmou que um grupo de empresários, que não tiveram as identidades reveladas, estão envolvidos no esquema de extorsão a garimpeiros no município de Aripuanã. O crime é investigado na Operação Primatus, deflagrada na manhã desta terça-feira (16).

 

Atuavam no garimpo, com armas de grosso calibre, até mesmo com um fuzil. Utilizavam dessa cobrança pessoal

Segundo o delegado, são dois grupos que se dividem em duas vertentes criminosas. “Tem um grupo dos faccionados, que estão ligados ao tráfico de drogas, e outro de empresários que teriam essas empresas e estariam praticando extorsões no garimpo”, afirmou o delegado.

 

Duas empresas tiveram as atividades econômicas suspensas, uma do ramo de terraplanagem e outra de comércio de alimentos, ambas em Aripuanã. Conforme Azem, o dinheiro proveniente das extorsões ia para essas empresas.

 

A facção extorquia compradores de ouro, garimpeiros e proprietários de áreas de extração de minério em Aripuanã. Sob graves ameaças, as vítimas eram obrigadas a pagar até 2% sobre a comercialização de ouro e na venda de áreas de exploração na região.


“Atuavam no garimpo, com armas de grosso calibre, até mesmo com um fuzil. Utilizavam dessa cobrança pessoal e por grupos de WhatsApp”, explicou o delegado.

 

Esse mesmo braço do grupo também atuava no ramo de cobrança de dívidas particulares, recebendo repasses de credores em troca de ficar com um percentual do montante recuperado.

 

Prisões

 

Quatro dos 26 mandados de prisão foram cumpridos em unidades penitenciárias, sendo três em Cuiabá e um em Colniza, e os demais estão sendo cumpridos em endereços em Aripuanã.

 

Os alvos presos na Capital atuavam como líderes do esquema de tráfico de drogas e coordenavam, mesmo dentro do presídio, todo o esquema.


“Esses alvos que já estão presos possuem um status de liderança, já estão presos há um tempo aqui, mesmo assim vêm coordenando ações lá no município de Aripuanã, todo o controle do tráfico de drogas e controle financeiro passa na mão deles”.

 

Além da administração do esquema, por eles passavam decisões sobre salves e crimes de homicídio, apurados em outros procedimentos. Uma das lideranças que atuava no esquema de extorsão foi presa em Aripuanã. A Polícia, no entanto, não revelou se ele era um dos empresários.

 

A ação é realizada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco) e Delegacia de Aripuanã.

 

Veja:

 

 

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