A juíza Ana Cristina Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, autorizou a extração de dados do celular do advogado Renato Nery, assassinado em 2024, para obtenção de conversas entre ele e o desembargador aposentado Manoel Ornellas de Almeida, que cobra R$ 18,5 milhões em honorários.
Ornellas move uma ação contra o espólio de Nery na qual cobra R$ 18,5 milhões por serviços advocatícios que afirma ter prestado em diversas ações judiciais envolvendo disputas de terras. Segundo o desembargador aposentado, esses serviços foram acordados por meio de um contrato verbal.
A busca, porém, será restrita a palavras-chave relacionadas ao suposto contrato, que deverão ser indicadas por Ornellas no prazo de 15 dias. Todo o conteúdo extraído ficará sob sigilo, e qualquer acesso ao teor das mensagens só poderá ocorrer com autorização do Juízo Criminal.
Renato Nery foi morto a tiros em 5 de julho de 2024, em frente ao próprio escritório, na Avenida Fernando Corrêa da Costa, em Cuiabá. O Ministério Público Estadual aponta a empresária Julinere Bentos e o marido, César Jorge Sechi, como mandantes do assassinato, motivado por disputa envolvendo terras avaliadas em R$ 30 milhões.
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