O desembargador Luiz Carlos da Costa, que exigiu transparência em julgamento
O desembargador Luiz Carlos da Costa deu um “puxão de orelha” na diretoria do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, durante sessão de julgamento que analisou o procedimento disciplinar contra o juiz Flávio Miraglia, na última quinta-feira (26).
Isso porque o julgamento parou de ser transmitido ao vivo, em razão do sigilo do procedimento - ou seja, apenas quem estava no local poderia assistir.
Ao ser informado do corte da transmissão, Luiz Carlos reclamou que a medida fere o que determina o Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
A vice-presidente do tribunal, desembargadora Marilsen Addario, concordou com a reclamação e citou uma resolução do CNJ, que determina que o julgamento de processos envolvendo juízes, ainda que sigilosos, devem ser feitos de forma pública, motivo pelo qual a transmissão foi restabelecida.
O que chama a atenção é que, nos últimos meses, o Tribunal de Justiça tem cortado as transmissões dos julgamentos de todos os processos envolvendo magistrados, não se sabe por ordem de quem. Resta saber se, de agora em diante, o TJ-MT passará a dar a devida publicidade aos processos ou continuará desrespeitando reiteradamente o que manda o CNJ.
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