Cuiabá, Quarta-Feira, 10 de Setembro de 2025
CASO IMAGEM EVENTOS
10.09.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

Casal e familiares viram réus por golpe milionário em formaturas

Eles vão responder por lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato e outros crimes

Reprodução

Márcio e Eliza, donos da Imagem Eventos, tornaram-se réus junto com dois familiares após decisão judicia

Márcio e Eliza, donos da Imagem Eventos, tornaram-se réus junto com dois familiares após decisão judicia

PIETRA NÓBREGA
DA REDAÇÃO

O casal de empresários Marcio Junior Alves do Nascimento e Eliza Severino da Silva, além da mãe e do irmão dele,  Antonia Alzira e Marcos Vinicius Alves do Nascimento, tornaram-se réus pela prática de lavagem de dinheiro, associação criminosa, estelionato e crimes contra as relações de consumo.

 

A despeito de se tratar de prova indiciária e unilateral, anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal

A decisão, do juiz Jean Garcia de Freitas Bezerra, da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, recebeu a denúncia do Ministério Público Estadual (MPE) referente à Operação Ilusion, deflagrada pela Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Deccor).

 

O documento se tornou público nesta quarta-feira (10). O processo está em segredo de Justiça. 

 

Os investigados são proprietários da empresa Imagem Eventos. De acordo com a acusação, o casal, com auxílio dos familiares, encerrou as operações da empresa em 31 de janeiro de 2025, véspera de um baile de formatura de medicina. A ação deixou mais de mil vítimas, entre formandos e familiares, sem a realização das festas e sem a entrega dos materiais fotográficos contratados. Prejuízos, especialmente de turmas de Medicina, são estimados em R$ 7 milhões.

 

Investigações apontam que, nas semanas anteriores ao fechamento, os acusados intensificaram a arrecadação de valores com cobranças agressivas de inadimplentes, campanhas para antecipação de parcelas e vendas de álbuns, sem perspectiva de cumprir os contratos.

 

A delegacia constatou que os empresários ocultaram a situação financeira real da empresa, transferiram arquivos de cerimônias para terceiros e tentaram, sem sucesso, obter recuperação judicial – pedido indeferido por inconsistências formais.

 

Em sua decisão, o magistrado citou que as provas da investigação são suficientes para o avanço do processo. “A despeito de se tratar de prova indiciária e unilateral, anoto que as provas mencionadas na denúncia são elementos suficientes para o desencadeamento da ação penal, tendo em mente que nesta fase processual o juízo é de prelibação e o princípio vigente é ‘in dubio pro societate’”, afirmou o juiz.

 

Ele acrescentou que a denúncia “satisfazer os requisitos legais, vez que amparada em indícios de autoria e materialidade”.

 

Depoimentos de ex-funcionários e membros de comissões de formatura, corroborados por colaboradores do setor administrativo, indicam que a empresa focava na captação de contratos com turmas de Medicina devido aos valores elevados. A força-tarefa da investigação apurou que os funcionários também tinham salários e pagamentos atrasados.

 

Márcio e Eliza foram presos durante a operação, mas obtiveram liberdade posteriormente por meio de um habeas corpus. Os réus foram citados e intimados para apresentar resposta à acusação no prazo de dez dias.

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