Existe unanimidade a nível nacional de que os serviços públicos, na sua maioria, são morosos, de baixa qualidade e os seus custos são bastante elevados se comparados com os praticados com a atividade privada. É necessário valorizar cada real recebido, trabalhar para evitar desperdícios e reduzir os custos dos serviços públicos e utilizar todas as técnicas e ferramentas disponíveis no mercado.
Os gestores públicos devem estruturar a administração pública de acordo com princípios científicos aplicáveis às funções básicas que a compõem para melhor alcançar as ações, projetos e planos previamente definidos. Isto sem levar em conta que devem se preocupar permanentemente em prestar contas dos recursos recebidos e aplicados, não só com números dos valores arrecadados e investidos, mas, também com números, desempenho e resultados alcançados por cada área, inclusive comparando-os com os exercícios anteriores e com outros órgãos similares nacionais e até internacionais.
Para conseguir ter uma gestão mais calcada em princípios científicos é necessário investir pesadamente na qualificação e formação de gestores e colaboradores e na definição clara de um planejamento estratégico, com metas e ações bem definidas discutidas e difundidas amplamente em toda organização para que todos saibam onde estão, aonde se quer chegar para a melhoria da qualidade dos serviços que serão colocados à disposição da sociedade e numa busca incessante para a melhoria da qualidade de vida da população.
O planejamento estratégico a ser elaborado e seguido pelos gestores, deve estar em consonância com uma discussão mais profunda e participativa com sociedade e permanentemente fazer pesquisas para saber o que a sociedade espera de seus gestores e, se é necessário mudar de rumos ou ampliar os serviços já em andamento.
Temos vários casos de sucessos pelo país afora em que os gestores utilizam novas técnicas de administração, como: remuneração de seus colaboradores por produtividade, informatização não só as áreas de gestão (finanças, contabilidade, suprimentos, patrimônio, tributos e outras) mas, também os serviços da área fim (saúde, educação e outros), qualificação e formação dos servidores de forma permanente, planejamento das ações e definição clara das metas e resultados a serem alcançadas, estabelecer um canal de comunicação contínuo com a sociedade e utilização de pesquisas constantemente para verificar os anseios da sociedade, dentre outras.
BOLANGER JOSÉ DE ALMEIDA é secretário municipal de Controle Interno de Várzea Grande, professor-adjunto da UFMT e mestre em Contabilidade pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo e doutorando em Contabilidade pela Universidade Nacional de Rosário Central-Argentina.
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