A Polícia Civil indiciou o advogado Douglas Antônio Gonçalves de Almeida, o ex-servidor de Cuiabá, Genivaldo Evangelista Nunes e outras 31 pessoas alvos da Operação Conductor, que investigou uma organização criminosa que movimentou mais de R$ 100 milhões em tráfico de drogas e armas e lavagem de dinheiro.
Os crimes imputados ao grupo criminoso foram de integrar organização criminosa, tráfico de drogas, associação para o tráfico de drogas, comércio ilegal de arma de fogo e lavagem de dinheiro.
A operação foi deflagrada em 2 de setembro, pela Delegacia Especializada em Repressão aos Crimes de Fronteira (Defron) e a Delegacia Especializada de Repressão ao Crime Organizado (Draco), para cumprir 95 ordens judiciais em Cuiabá, Várzea Grande, Cáceres, São Luís (MA) e Jaboatão dos Guararapes (PE).
Segundo a delegada Bruna Laet, de Cáceres, responsável pelo caso, o núcleo da organização criminosa eram familiares de Douglas, apontado como líder da quadrilha.
A esposa dele, Francimeire Corrêa de Mesquita, os irmãos dele, Joycelaine de Almeida e Joabe de Almeida, e a cunhada, também foram presos.
Ainda conforme a delegada, Douglas controlava o transporte da droga desde a região de fronteira, o armazenamento, negociação e distribuição na região metropolitana de Cuiabá.
Durante a investigação, a Polícia descobriu que os irmãos do advogado eram responsáveis por receber a droga e armamento em Várzea Grande.
A operação
A investigação teve início após a prisão de um homem, de 31 anos, no dia 12 de abril de 2024, em Cáceres, pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), que transportava 153 mil quilos de cocaína em seu veículo, uma van Renault Master Eurolaf, que simulava ser utilizada para transporte de passageiros.
O grupo, conforme a Polícia, transportava drogas e armas de Cáceres, por meio das vans que simulavam viagem com passageiros, para a região metropolitana de Cuiabá, e daqui enviavam os entorpecentes e armas a outros estados. Eles teriam movimentado R$ 100 milhões entre 2023 e 2025.
Segundo a delegada Bruna, o advogado, sua família e outros envolvidos foram responsáveis pelo recebimento semanal de 150 quilos de drogas, armas e munições, transportadas de Cáceres até Cuiabá e Várzea Grande. Somente em quatro meses, o grupo teria movimentado R$ 45 milhões.
Na investigação, foi revelado que a organização criminosa se utilizava de oito empresas para fazer a lavagem de dinheiro, entre farmácias, distribuidoras de bebidas, drogarias, empresas de comercialização e instalação de energia solar e do ramo de alimentos. Esta última, de acordo com a delegada, era a única que de fato funcionava.
"São 8 empresas, algumas, de fato, funcionavam e outras eram só empresas de fachada que nunca existiram no objeto em si que deveria atuar. Eram usadas exclusivamente para lavagem de dinheiro. São desde farmácias, drogaria, empresa de comercialização e instalação de energias rolar, empresas de alimentos, pontuou.
Veja todos os alvos:
Adailton Xavier de França
Ana Júlia Curado de Magalhães
Augusto Gabriel Pereira de Sousa
Cleide Ferreira Rezende
Dainey Aparecido da Costa
Daniel Egues de Macedo
Douglas Antônio Gonçalves de Almeida
Douglas Danillo Santos da Silva
Ellen Santana da Cruz
Ever Lázaro Carlo
Francimeire Corrêa de Mesquita
Gabriel Botelho Gomes
Genivaldo Bernardino de Oliveira
Genivaldo Evangelista Nunes
Igor Alerrandro Faquim Silva
Ivane de Fátima Gonçalves de Almeida
Jefferson Carlos Gomes Leal
Jefferson dos Santos Souza
Joan Emanoel Santos Barros
Joabe Eliezer Gonçalves de Almeida
Joycelaine Letícia Gonçalves de Almeida
Juliana Marcela Lica Silva
Kauanny Marcelly Padilha Lima
Leandro Arruda da Silva Santos
Luciano Costa da Cunha
Marcus Vinícius Cintra da Silva
Mateus Araújo de Albuquerque
Melissa Antunes Dias de Oliveira
Sidney dos Santos Conceição
Thiago Ferreira da Cruz Santos
Walles Alves da Silva
Wesley Espinosa Souto
Yasmin Miranda França
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