Delegado: vítima tinha marcas que indicam luta com o assassino

O corpo da empresária Raquel Cattani, de 26 anos, foi encontrado com marcas no antebraço, indicando que ela lutou para se defender do assassino. A informação é do delegado regional João Romano da Silva Júnior, da Polícia Civil de Nova Mutum, onde o crime ocorreu.

Há informação de que a vítima tinha várias marcas no antebraço

Raquel, que é filha do deputado estadual Gilberto Cattani (PL), foi encontrada morta na manhã desta sexta-feira (19) em uma propriedade rural no assentamento Pontal do Marapé, no Município. Foi o pai quem localizou o corpo.

“Há informação de que a vítima tinha várias marcas no antebraço. Isso dá a conotação de tentativa de defesa. Então, a vítima tentou se defender, pode ser que houve uma tentativa de a vítima se desvencilhar, pode ter batido em algum móvel tentando correr”, disse o delegado ao MidiaNews.

Uma das linhas de investigação, segundo o delegado, é de crime patrimonial. Isso porque, foram encontrados sinais de violência na residência. Uma moto e um celular que pertenciam a Raquel foram roubados e uma TV quebrada apareceu jogada no fundo da residência. 

“Na sequência ou antes do homicídio, o indivíduo tentando achar algum pertence [pode ter deixado as marcas no antebraço da empresária]. Isso vai ter que ser bem aquilatado, tem que ser feita uma investigação aprofundada para não ficarem pontas soltas”, afirmou.

Apesar disso, não está descartada a possibilidade de feminicídio. O ex-marido dela, Romero Xavier, foi ouvido pela Polícia Civil.

O caso, no entanto, está sendo conduzido pelo delegado Guilherme Pompeu, da Delegacia Especializada de Roubos e Furtos de Nova Mutum.

O caso

Conforme a Polícia Civil, a prioridade neste momento é reunir o máximo de informações e aguardar o laudo da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec-MT) no local.

O que se sabe é que Raquel morreu por conta de perfurações com arma branca.

A Polícia Militar faz buscas pela motocicleta e celular da vítima, que foram levados do local do crime, e por suspeitos. Já a Polícia Civil investiga os fatos. Um helicóptero do Ciopaer também auxilia nas buscas e investigação.