Cuiabá, Quinta-Feira, 31 de Julho de 2025
EXECUÇÃO
22.12.2023 | 08h15 Tamanho do texto A- A+

Empresária se sentiu traída porque advogado "mudou" de lado

Ele passou a atuar para empresário com quem ela tinha litígio de terras em Ribeirão Cascalheira

MidiaNews

Maria Angélica Caixeta Gontijo e o advogado Roberto Zampieri (detalhe)

Maria Angélica Caixeta Gontijo e o advogado Roberto Zampieri (detalhe)

ENZO TRES
DA REDAÇÃO

A inimizade entre a empresária Maria Angélica Caixeta Gontijo e o advogado Roberto Zampieri, assassinado a tiros no último dia 5 em Cuiabá, está documentada na Justiça. 

 

O Dr. Roberto Zampieri traiu os requerentes na qualidade de advogado, prejudicando os interesses deles

Ela foi presa na quarta-feira (20) acusada de ter sido a mandante do crime. 

 

O conflito começou depois que ela se sentiu "traída" por Zampieri, que foi seu ex-advogado, mas “mudou” de lado e passou a atuar em favor de um empresário com quem ela iniciou uma disputa fundiária.

 

“O Dr. Roberto Zampieri traiu os requerentes na qualidade de advogado, prejudicando os interesses deles, cujo patrocínio lhe foi confiado, ao aceitar defender partes que estavam em conflito”, acusou Maria Angélica nos autos de um processo de interdito proibitório que corre na Justiça de Ribeirão Cascalheira.

 

Maria Angélica atuava como procuradora de seus pais João Moreira Gontijo e Maria de Fátima Caixeta Borges em processos judiciais e extrajudiciais. Nesta condição, ela contratou os serviços de Zampieri para a regularização fundiária de uma fazenda de 5,1 mil hectares e sua posterior venda, como também patrocinar ações relacionada ao imóvel rural. O contrato foi assinado em 28 de outubro de 2020.

 

O problema começou depois da assinatura de um contrato de cessão de direitos possessórios da fazenda, figurando os pais de Maria Angélica como cedentes e o empresário Evelci Rossi como cessionário.

 

Segundo acusou Maria Angélica, sua assinatura no contrato de cessão foi falsificada.

 

“Vale ressaltar que o Sr. Evelci de Rossi está tentando obter os direitos de posse dos requerentes de forma maliciosa, tanto é verdade que o mesmo negociou com pessoa já falecida, bem como falsificou a assinatura da requerente Maria Angélica”, denunciou a empresária.

 

As alegações, no entanto, foram rechaçadas por Evelci e Zampieri na queixa-crime em que eles a acusam de calúnia, injúria e difamação.

 

“Todavia, apesar do Evelci estar cumprindo amplamente e pontualmente com o pactuado no instrumento particular de cessão (Doc.05), a Sra. Maria Angélica de forma maliciosa, encaminhou uma notificação extrajudicial com cláusula resolutiva ao Querelante/Evelci noticiando a sua ânsia em findar o negócio pactuado e, ao mesmo tempo encaminhou notificação ao Querelante/Roberto informando a rescisão contratual do instrumento particular de honorários advocatícios”, consta na queixa-crime formulada pelo advogado e o empresário.

 

Zampieri afirmou ainda que, como o contrato com Maria Angélica havia sido encerrado, ele aceitou ser contratado por Evelci Rossi. 

 

"Ainda, ao que tange a alegação de traição, convém registrar que não há qualquer letra de lei/determinação que impeça a atuação do advogado para ambas as partes quando inexiste conflito, contudo, caso passe a existir, o Patrono deverá optar por um dos mandatos, renunciando os demais, conforme aduz o art. 18 do Código de Ética e Disciplina da Ordem dos Advogados do Brasil – exatamente o que o advogado fez", defendeu-se Zampieri. 

 

"Contudo, quando não foi mais posssível, optou por patrocinar a defesa dos interesses apenas do querelante/Evelci, resguardando o seu dever profissional de sigilio acerca do que havia sido tratado com a sra. Maria Angélica, desse modo inexiste qualquer traição", defendeu-se o advogado.

 

 

 

 

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Graci Miranda  22.12.23 09h52
NADA JUSTIFICA A VIOLÊNCIA!, Agora justiça FORTE.
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