Cuiabá, Quarta-Feira, 16 de Julho de 2025
MORTO POR POLICIAL
05.09.2024 | 12h14 Tamanho do texto A- A+

Família de idoso pede providência à Justiça para acelerar inquérito

João Antônio Pinto, de 87 anos, morreu atingido por um disparo dentro de sua propriedade, em fevereiro

Montagem/MidiaNews

O hangar em que João Antônio Pinto (detalhe) foi morto, em fevereiro deste ano

O hangar em que João Antônio Pinto (detalhe) foi morto, em fevereiro deste ano

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

Pouco mais de seis meses após a morte do idoso João Antônio Pinto, de 87 anos, a família reclama da demora da conclusão do inquérito pela DHPP (Delegacia de Homicídios e de Proteção à Pessoa) e cobra a anexaçao do laudo da perícia nos autos.

 

A família do Sr. João Antônio Pinto aguarda ansiosamente por respostas sobre as circunstâncias de sua morte e pela responsabilização dos envolvidos

Os advogados que representam a família encaminharam uma manifestação ao Núcleo de Inquéritos Policiais, da Comarca de Cuiabá, solicitando celeridade no andamento das investigações.

 

“[...] A solicitação da perícia de áudio e vídeo foi requisitada há longos cinco meses. A família do Sr. João Antônio Pinto aguarda ansiosamente por respostas sobre as circunstâncias de sua morte e pela responsabilização dos envolvidos”, diz trecho do documento.

 

Segundo a advogada Gabriela Zaque, que atua na defesa, há uma “inconsistência” de informações e inércia da Delegacia responsável pelo inquérito.

 

“Além disso, a inconsistência de informações demonstra outro ponto de perplexidade: a finalização do trabalho da Politec, bem como a inércia da DHPP em juntar aos autos as conclusões periciais. Assim, os peticionantes requerem desde já que seja expedido ofício à DHPP e à Politec para que tragam aos autos esclarecimentos oficiais sobre as investigações e as divergências expostas neste petitório”.

 

Para a defesa, essas inconsistências de informações entre os órgãos oficiais causam “estranheza à família do falecido”.

 

A advogada alega que existem sérias divergências entre os atos investigativos da Polícia Civil e as informações da Politec e até o momento não se sabe se as perícias foram finalizadas e nem se os aparelhos telefônicos foram encaminhados à perícia.

 

A Politec informou que disponibilizou a perícia para a DHPP no mês de abril. O órgão ainda negou que a Polícia Civil tenha requisitado análise de celulares relacionados ao caso

 

Segundo a defesa, o prazo que o MP havia concedido para a conclusão do inquérito pela Polícia era o fim do mês de agosto, o que não ocorreu.  

 

A reportagem procurou a Polícia Civil, que informou que o inquérito continua em andamento na DHPP. 

 

"A Polícia Civil aguarda o resultado dos laudos periciais pela Politec-MT. Após a entrega das informações, o inquérito será encaminhado para conclusão". 

 

O caso

 

Seu João foi morto no dia 23 de fevereiro, no hangar de sua propriedade, localizada na região do Contorno Leste, no Bairro Jardim Imperial, em Cuiabá. O autor do disparo foi o policial civil Jeovanio Vidal Griebel.

 

Conforme um dos laudos da Politec, o atirador efetuou ao menos um disparo de arma de fogo a pelo menos 12 metros de distância da vítima e fora do hangar em que o corpo foi encontrado. Ele foi ferido na altura do ombro direito.

 

Jeovanio foi acionado no local pelo cunhado Elmar Soares Inácio, com quem seu João teria um litígio fundiário. A equipe policial foi ao local em uma viatura descaracterizada e sem mandado.

 

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