O estudante Leonardo Rodrigues Jaune, de 30 anos, morreu no início da tarde de ontem (11), após se acidentar com sua motocicleta BMW G 650, por volta das 2 horas da madrugada desta sexta-feira na Avenida Presidente Marques, no centro da Capital. Ferido em estado grave, ele foi levado ao Pronto-Socorro de Cuiabá, mas não resistiu.
Jaune ganhou liberdade condicional em setembro do ano passado após o cumprimento de 1/3 da pena pelo assassinato do advogado Anderson Eustáquio da Costa, em 2005. O crime ganhou repercussão nacional após ser mostrado no extinto programa policial da Rede Globo, Linha Direta.
Segundo a polícia, ao passar por um quebra-molas, ele perdeu o controle da moto, rodopiou na pista e bateu no meio-fio, sofrendo traumatismo encefálico. Ele foi levado ao box de emergência do PS, em coma induzido.
Para policiais que atenderam o acidente, ele estaria em velocidade acima do permitido para o local. Em conversa com familiares, os policiais descobriram que o estudante chegou horas antes da fazenda da família, em Nova Brasilândia.
O crime
Leonardo teria participado da morte de Anderson Eustáquio por acreditar que a morte de sua irmã, Taíssa Jaune, teve como fator determinante a atitude do advogado, que foi a última pessoa com quem ela esteve antes de cair do quinto andar do edifício onde morava, na avenida Rubens de Mendonça, no dia 26 de junho de 2005.
Anderson Eustáquio foi morto com dois tiros de revólver e ainda teve o abdômen cortado com uma faca. Em seguida, foram jogadas pedras no interior do corpo para que afundasse na lagoa do Jatobá, no Coxipó. O assassinato ocorreu no dia 29 de junho de 2005, em Cuiabá. Em novembro de 2006, o processo chegou às alegações finais e ele teve a prisão decretada.
Jaune foi preso em março de 2008 pelo Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate do Crime Organizado) após ficar 16 meses foragido. Desde que teve a prisão preventiva decretada, em novembro de 2006, estava escondido na fazenda do pai. Em dezembro de 2007, a Polícia Militar tentou prendê-lo, mas ele conseguiu escapar.
Em novembro daquele ano, ele foi condenado a 17 anos de prisão pelo assassinato e da ocultação do cadáver do advogado. Desde o assassinato de Anderson que Leonardo estava sendo investigado. Ele chegou a ter a prisão temporária decretada por 30 dias.
Leonardo sempre negou a participação no assassinato do advogado. Segundo o estudante, ele deixou Anderson a 50 metros do apartamento do advogado no dia de seu desaparecimento, e não o viu mais.