Cuiabá, Quarta-Feira, 18 de Junho de 2025
ASSASSINATO
25.04.2025 | 10h00 Tamanho do texto A- A+

MPE: "O que fizeram com essa jovem não se faz com um ser vivo"

Heloysa Maria foi morta asfixiada com cabo de USB; mãe dela foi violentamente agredida

Reprodução

O ex-servidor Benedito e o filho Gustavo Santana, durante audiência de custódia

O ex-servidor Benedito e o filho Gustavo Santana, durante audiência de custódia

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

Um vídeo de parte da audiência de custódia do ex-servidor do Estado, Benedito Anunciação de Santana, de 40 anos, e de seu filho, Gustavo Benedito Júnior Lara de Santana, de 18, mostra quase que um desabafo feito pelo promotor Reinaldo Rodrigues de Oliveira Filho. 

O que fizeram com essa jovem, jogar num poço, não se faz com qualquer ser humano, com qualquer ser vivo

 

Durante o procedimento, realizado nesta quinta-feira (24), o promotor classificou o caso como “emblemático”, e disse que o que os investigados fizeram com a jovem Heloysa Maria de Alencastro Souza, de 16 anos, não se faz com “qualquer ser vivo”. 

 

Heloysa foi morta por asfixia com um cabo USB e jogada enrolada em um lençol em um poço do Bairro Ribeirão do Lipa. O assassinato da jovem aconteceu na noite de terça-feira (22), no Bairro Morada do Ouro, na residência dela. Seu corpo foi encontrado durante a madrugada de quarta-feira (23). 

 

Benedito é acusado de ter orquestrado o assassinato de Heloysa e da mãe dela, sua companheira, Suellen de Alencastro Arruda, que foi violentamente espancada. Gustavo teria participado da ação e contratado dois amigos para executar o crime. 

 

“O que fizeram com essa jovem, jogar num poço, não se faz com qualquer ser humano, com qualquer ser vivo, ainda mais com um ser humano”, disse ele em tom de repreensão, mas também de desabafo.

 

“Quatro marmanjos”, repete o promotor por três vezes e, em seguida, afirma que a vítima morreu sem nem conhecer o motivo. 

 

“Certamente não vieram da Lua, vieram do ventre de uma mulher. Deveriam respeitar a mulher e o ser humano, a condição de mulher indefesa daquela menina, morreu sem saber o porquê”, completou. 

 

 

O caso 

 

A principal hipótese da Polícia é que o crime tenha sido motivado por uma briga entre Benedito e Suellen, que aconteceu horas antes do crime, motivada por ciúmes. 

 

Benedito, conforme seu segundo depoimento, levou o filho e outros dois adolescentes para a casa das vítimas, que é também onde o ex-servidor morava. 

 

Lá ele deixou o trio que espancou e matou a jovem. Heloysa estava sozinha em casa e sua mãe só chegou quando ela já estava morta. 

 

Quando Suellen chegou em casa foi rendida e levada para um dos cômodos da casa, onde foi brutalmente agredida. Nesse tempo, o corpo da filha foi retirado da casa, sem que ela soubesse que a filha já estava morta.

 

O caso foi inicialmente notificado como um roubo seguido de sequestro, o que já acendeu o alerta da Polícia, devido ao modus operandi. 

 

Com a prisão do primeiro suspeito menor de idade, que entregou todos os comparsas, a Polícia chegou em Benedito e também em seu filho. 

 

Os quatro estão presos e o caso segue sob investigação.

 

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Valério   25.04.25 12h47
Brasil precisa urgente de uma lei bem severa para esse tipo de crime, ou seja, uma lei que o criminoso vai para paredão como acontece na Indonésia e ai sim o criminoso ao tentar arquitetar um crime dessa magnitude ele vai refletir que possivelmente ele que vai para fim do poço. Mas o Brasil e um pais de passar a mão em cima do criminoso e já é, por isso todos criminosos deita e rola nesse tipo de crime. Vou embora de pais, pois não tem.mas nada que me interesse aqui, chau para quem fica.
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