Cuiabá, Quarta-Feira, 6 de Agosto de 2025
BRUTALIDADE
01.03.2023 | 14h05 Tamanho do texto A- A+

Pedido de esmola termina com morte de andarilho de MT em GO

Vítima teria xingado o atirador depois de ter sido chamado de “andarilho vagabundo”

Reprodução

Antônio Rodrigues tinha vício em álcool e outras drogas; familiares tentaram interná-lo

Antônio Rodrigues tinha vício em álcool e outras drogas; familiares tentaram interná-lo

LIZ BRUNETTO
DA REDAÇÃO

O mato-grossense Antônio Rodrigues Rocha, de 39 anos, foi assassinado a tiros após uma discussão em Quirinópolis, em Goías, no último domingo (26).

Natural de Barra do Garças, ele foi sepultado no Município, na terça-feira (28).

Mesmo que o meu primo tenha xingado ele, isso não dá direito ao rapaz de chegar e mata-lo como se fosse um animal

 

Segundo familiares, Antônio estava em situação de rua há cerca de 10 anos, após se envolver com o vício em álcool e drogas.

 

A discussão com o atirador, um jovem de 22 anos, teria acontecido depois que Antônio pediu esmola a ele.

 

O rapaz teria dito que não daria dinheiro a “andarilho ou vagabundo nenhum". Segundo familiares ao site local Araguaia Notícias, Antônio teria retrucado e chamando o jovem de “corno”.

 

Depois da “ofensa”, o jovem teria sacado uma arma e efetuado os disparos que tiraram a vida de Antônio. O rosto da vítima, no entanto, também estaria bastante machucado, como se tivesse apanhado antes de ser assassinado a tiros.

 

A prima de Antônio, identificada apenas como Rosa, contou em entrevista ao site o quanto lamenta a morte precoce do familiar.

 

“Mesmo que o meu primo tenha xingado ele, isso não dá direito ao rapaz de chegar e matá-lo como se fosse um animal. Aqui em Barra do Garças, vocês são prova de que o Antônio tinha família e a gente está muito sentido pelo ocorrido”.

 

Segundo ela, antes de se envolver com álcool e drogas, o primo trabalhou em grandes fazendas da região. Ele atuava na lida com o gado e animais de pequeno porte, fazia cercas e cuidava das plantações.

 

Ela criticou também a postura adotada diante de pessoas em situação de rua.

 

“Que as pessoas se coloquem no lugar do outro e tenha mais amor ao próximo. Antes de maltratar, bater ou até matar um morador de rua, lembre que ele tem uma família também que certamente chora pela condição de vulnerabilidade que a pessoa está”.

 

“No caso do  meu primo, nós lutamos vários anos para que ele se internasse e buscasse um tratamento, mas infelizmente a dependência química foi mais alta”, completou.

 

Antônio deixou um casal de filhos, um rapaz de 20 anos e uma menina de 3.

 

O caso deve ser investigado pela Polícia Civil de Goiás.

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1 Comentário(s).

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João Batista  01.03.23 14h51
Se tivesse continuado trabalhando estaria livre de tudo isso
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