Cuiabá, Terça-Feira, 28 de Outubro de 2025
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01.12.2022 | 17h30 Tamanho do texto A- A+

PF: empresa de beneficiária do Bolsa Família recebeu R$ 1,1 mi

A J.S.Torres está no nome de Jhenyfer Silva Torres, que seria laranja do grupo Veggi

Divulgação

Policiais federais reunidos antes de saírem para o cumprimento dos mandados

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CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A Polícia Federal descobriu que uma empresa registrada no nome de uma beneficiária do Bolsa Família recebeu transferência de R$ 1,1 milhão de investigados pela Operação Hermes (Hg), deflagrada nesta quinta-feira (1º). A empresa também teria "negociado" mercúrio vendido de maneira irregular no Brasil.

 

A operação investigou um esquema de contrabando e acobertamento de mercúrio usado por garimpos na Amazônia.

 

Segundo as investigações, empresas ligadas a integrantes da família Veggi, de Cuiabá, seriam as grandes executoras do esquema, que pode ter dado um prejuízo de R$ 1,1 bilhão dos cofres públicos.

 

Os empresários Ali Veggi, Arnoldo Veggi e Edgar Veggi foram presos preventivamente. Já Edy Veggy e Bruna Veggi foram presos temporariamente, por cinco dias.

 

Conforme a PF, o Coaf (Conselho de Controle de Atividades Financeiras) detectou que a empresa Quimar Comércio de Produtos Químicos fez, entre outras, uma transferência de R$ 1,1 milhão para a J.S. Torres, registrada em nome de Jhenyfer Silva Torres, que está cadastrada no Bolsa Família.

 

Na eleição de 2016, Arnoldo Veggi, que foi candidato a vereador em Cuiabá, declarou ao Tribunal Regional Eleitoral ter 40% de participação da Quimar.

 

“A empresa J. S. Torres - aberta em 2019 e com suposta sede em Terenos (MS) - seria uma empresa de fachada utilizada pelo Grupo Veggi com o único e exclusivo objetivo de cometer crimes”, diz a PF.

 

“A responsável pela referida empresa é Jhenyfer da Silva Torres, beneficiária do programa Bolsa Família, que tem domicílio em Cuiabá (MT) e cujo último vínculo laboral foi de repositora de mercadorias em um supermercado no mesmo município”.

 

A J.S.Torres tem apenas dois funcionários registrados. Um deles é Patrike Noro de Castro, cujas contas receberam movimentações atípicas. Entre 1º de outubro e 14 de dezembro de 2021, ele recebeu R$ 455.712,69 em transferências bancárias. Destes R$ 123.450 vieram da empresa R2 Transportes e Terraplanagem, uma das investigadas.

 

No mesmo período, Patrike transferiu R$ 117.700 para Arnoldo Veggi e R$ 7.500 para a Hiposal Comércio de Produtos Químicos e Tratamento, empresa que também é ligada ao Grupo Veggi, cujo responsável legal é Alberto Veggi Atala.

 

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Alan  02.12.22 09h44
Esse auxilio é a maior vergonha, a inflação que iremos colher daqui um ou 2 anos será surreal.. e esse dinheiro saiu a rodo!!!! sem nenhum controle... um absurdo! com tanta gente passando fome!!!! NENHUM controle! SURREAL, ALGUMA DÚVIDA POR QUAL MOTIVO QUEREM MANTER O BENEFÍCIO?
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