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09.05.2025 | 10h06 Tamanho do texto A- A+

PM confessa que recebeu R$ 150 mil para arquitetar morte de Nery

Heron Teixeira Vieira Pena, que está detido desde o dia 7 de março, incriminou casal preso

Reprodução

O advogado Renato Nery e o PM Heron Teixeira Vieira Pena (detalhe)

O advogado Renato Nery e o PM Heron Teixeira Vieira Pena (detalhe)

ANGÉLICA CALLEJAS
DA REDAÇÃO

O policial militar ex-Rotam Heron Teixeira Pena Vieira, preso desde o dia 7 de março, em Cuiabá, por ter arquitetado o homicídio do advogado Renato Nery, confessou nesta semana que recebeu R$ 150 mil pelo crime. O acordo inicial, segundo ele, era de R$ 200 mil.

 

Segundo apurado pela reportagem com uma fonte da Polícia Civil, Heron revelou que os mandantes teriam sido o casal de empresários de Primavera do Leste, Julinere Goulart Bentos e César Jorge Sechi, que foram presos temporariamente nesta sexta-feira (9), no condomínio Cidade Jardim, onde residem.

 

Conforme revelado na investigação da DHPP, o valor combinado não teria sido pago na totalidade, o que, segundo a fonte, gerou uma série de extorsões contra o casal pelo silêncio dos envolvidos.

 

Heron ainda informou que os R$ 150 mil foram dividos somente entre ele e o caseiro Alex Roberto de Queiroz Silva, que está preso, apontado como o responsável pela execução de Nery.

 

O policial também confirmou a participação do militar Jackson Pereira Barbosa, que é vizinho de condomínio de Julinere e César, e teria cooptado outro PM da inteligência da Rotam, Ícaro Nathan Santos Ferreira, que conseguiu a arma do crime. Jackson e Ícaro foram presos no dia 17 de abril.

 

Indiciamentos 

 

No dia 1º de maio, a DHPP indiciou o caseiro Alex Roberto e o PM Heron Vieira por homicídio triplamente qualificado. Os agravantes são motivo torpe, paga ou promessa de recompensa e recurso que impossibilitou a defesa da vítima. 

 

No dia 30 de abril, Leandro Cardoso, Wailson Ramos, Wekcerlley de Oliveira e Jorge Martins foram indiciados por homicídio qualificado, duas tentativas de homicídio, fraude processual e porte ilegal de arma de fogo no inquérito que apurou um confronto forjado para ocultar a arma do homicídio de Nery.

 

Segundo a investigação, o crime ocorreu no dia 12 de julho, sete dias após o assassinato do advogado, no Contorno Leste, em Cuiabá, que resultou na morte de um homem e feriu outros dois. Na ocasião, conforme a denúncia, eles plantaram com terceiros a pistola Glock G17 modificada para automática, utilizada para matar Nery.

 

Outro suspeito

 

No dia 14 de abril, a DHPP prendeu Kaster Huttner Garcia, e apreendeu um carro. Kaster teria atuado como auxiliar do crime, sendo responsável por buscar, na cidade de Barão de Melgaço, a motocicleta utilizada pelo executor do homicídio.

 

O homicídio 

 

Ex-presidente da OAB-MT, Renato Nery foi atingido por um disparo na cabeça no dia 5 de julho de 2024, quando chegava em seu escritório na Avenida Fernando Corrêa, em Cuiabá. 

 

Socorrido com vida, ele foi levado às pressas para o Complexo Hospitalar Jardim Cuiabá, onde passou por cirurgias, mas não resistiu e morreu no dia seguinte.

 

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