A Polícia Militar voltou a deter pesquisadores que realizavam coletas de sangue para exames de Covid-19 em Mato Grosso. Desta vez um casal foi detido no Bairro CPA I, em Cuiabá, nesta quinta-feira (21).
Os pesquisadores estão atuando em dezenas de cidades do Brasil naquela que é a maior pesquisa de prevalência da doença no País.
Porém, em razão da falta de comunicação com as autoridades dos municípios, muitos deles estão sendo detidos. Em Mato Grosso, houve casos semelhantes em Barra do Garças, com 15 pesquisadores detidos, e Rondonópolis, com dois.
Conforme o boletim de ocorrência, uma moradora da região denunciou o casal à Polícia Militar depois que foi abordada em sua residência para realizar o teste de coronavírus.
A mulher relatou que o casal tirou foto dela em um tablet e informou que precisaria realizar uma coleta de sangue, momento que ela suspeitou da atitude e acionou a PM.
Os policiais foram até o endereço e encontraram os pesquisadores.
Ao ser questionado, o casal afirmou que era da Universidade Federal de Pelotas (RS) e que estava realizando a pesquisa para o Ibope, que é financiada pelo Ministério da Saúde.
Diante dos fatos, os militares encaminharam o casal para a Central de Flagrantes, onde foi resgistrado o boletim de ocorrência.
"Desinformação"
Em entrevista nesta semana, a CEO do Ibope Inteligência, Márcia Cavallari Nunes, afirmou que as prisões tem sido fruto de desinformação. Ela disse que as fake news contribuíram para a detenção dos pesquisadores.
“Começou a circular que não existia uma pesquisa no município, que não abrissem as portas para os pesquisadores, que isso era um golpe, era um assalto. Isso fez com que as pessoas ficassem com medo, não abrissem a porta, e tudo isso prejudica a representatividade do estudo, porque já que não é possível testar todo mundo, é preciso medir isso através de um processo de amostragem”, disse Márcia.
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2 Comentário(s).
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| Willian 22.05.20 08h20 | ||||
| Devido aos fake news e a criminalidade a população esta esperta com esses tipos de situações. Devia o Ibope solicitar as autoridades uma guarnição para acompanhar os pesquisadores nesses tipos de pesquisa para que a população sentissem mais seguros. | ||||
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| ADRIANE VARGAS BARBOSA 22.05.20 07h18 | ||||
| Penso que a pesquisa deva ser informada via canais de comunicação, rádio e televisão. Não vi nada a respeito sobre a realização estou tendo contato por meio destas noticias de prisão dos pesquisadores. Penso também que antes da coleta de sangue e de tirar foto do sujeito, este deveria assinar um termo de consentimento livre e esclarecido. | ||||
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