A Polícia Civil de Mato Grosso e o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) deram uma "batida" em uma distribuidora em Várzea Grande, na última quinta-feira (23), e apreenderam mais de 7 mil garrafas de whisky.

A empresa é apontada como fornecedora de supermercados em que foram achadas bebidas com suspeita de adulteração no interior de Mato Grosso.
A ação foi realizada por equipes da Delegacia Especializada de Defesa do Consumidor (Decon), do Mapa, da Vigilância Sanitária Estadual de Mato Grosso, da Vigilância Sanitária Municipal de Várzea Grande e da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec).
A investigação teve início após, entre quarta e quinta-feira, as Delegacias de Água Boa, Nova Xavantina e Barra do Garças realizarem operações de fiscalização e apreenderem diversas garrafas de whisky com suspeita de adulteração ou falsificação em supermercados.
As ações nas três cidades ocorreram depois de a Polícia Civil ser acionada pela Vigilância Sanitária, com a denúncia de que várias pessoas passaram mal na região do Araguaia logo após ingerirem bebidas alcoólicas, nos dias 11 e 14 de outubro.
Uma das vítimas, inclusive, está internada em Goiânia (GO), com suspeita de intoxicação por metanol.
Reprodução
Distribuidora é fiscalizada e bebidas com suspeita de adulteração apreendidas
Questionados, os representantes dos comércios fiscalizados nas três cidades apontaram que o fornecedor de bebidas da rede de supermercados é uma grande distribuidora localizada em Várzea Grande.
Diante disso, nesta quinta-feira, os policiais da Decon e os fiscais do Mapa, com apoio da Politec e das Vigilâncias Sanitárias Estadual e Municipal de Várzea Grande, realizaram uma fiscalização na distribuidora, onde foram retidas mais de 7 mil garrafas de whisky.
“Ainda não há confirmação de que se trata de uma falsificação. No entanto, o material está sendo retido por ser da marca consumida em Água Boa e haver uma divergência entre o número de lote da caixa e o das garrafas", disse o delegado Rogério Ferreira, titular da Decon.
"Mas a retenção, neste momento, é uma retirada de mercado, até que a investigação seja concluída”, acrescentou.
Primeira confirmação
Mato Grosso teve, nesta quarta-feira (22), o primeiro caso confirmado de contaminação por metanol em bebida no Estado.
A vítima é um jovem de 24 anos, morador de Várzea Grande, que apresentou sintomas graves, como visão turva, confusão mental, dor abdominal e vômitos, após consumir uma bebida alcoólica de procedência duvidosa.
Ele não corre risco de morte, mas apresentou lesão ocular irreversível, uma das complicações mais graves decorrentes da exposição. A Decon também investiga este caso.
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