Cuiabá, Sábado, 12 de Julho de 2025
TAXAÇÃO DE TRUMP
10.07.2025 | 16h00 Tamanho do texto A- A+

Abilio põe culpa em Lula e diz que Brasil vive “regime de exceção”

Prefeito prevê que países com líderes conservadores, como Itália e Israel, vão se afastar do Brasil

Victor Ostetti/MidiaNews

Abilio Brunini reforçou argumento da oposição, que culpou governo petista por taxação

Abilio Brunini reforçou argumento da oposição, que culpou governo petista por taxação

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL) culpou o presidente Lula (PT) pela taxação de 50% imposta pelos Estados Unidos aos produtos de exportação brasileiros. Segundo o prefeito, uma série de ações do governo brasileiro, como decisões políticas, excesso de taxação e insegurança jurídica são alguns dos motivos que levaram ao ‘tarifaço’.

Eu acredito que o próximo passo agora deve ser um prejuízo das relações do Brasil com países como Argentina, Itália, Israel

 

A decisão veio do presidente norte-americano Donald Trump nesta quarta-feira (9). Em carta enviada a Lula, Trump cita que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) é alvo de perseguição e que o julgamento dele pelo STF é uma "caça às bruxas".

 

“É um conjunto de ações. As políticas que o Brasil está tomando, as decisões políticas que Lula está tomando, o excesso de taxação, a insegurança jurídica e várias outras ações vão gerando essas consequências” declarou a jornalistas nesta quinta-feira (10).

 

“Na minha interpretação, o Lula é culpado sim. Principalmente pelas políticas públicas que ele tem adotado e tem trazido um prejuízo muito grande. Além disso, há um apontamento sobre um ministro ou dois do Supremo Tribunal Federal que tem tomado medidas que a política externa tem interpretado como arbitrária”, completou.

 

Na carta, Trump também citou que o Judiciário brasileiro está emitindo ordens "secretas e ilegais" contra empresas e plataformas de mídia nos Estados Unidos, o que entende como uma violação à "liberdade de expressão dos americanos".

 

O prefeito ainda prevê que países ideologicamente próximos aos Estados Unidos, como Israel, Argentina e Itália, também devem se afastar do Brasil.

 

“Eu acredito que o próximo passo agora deve ser um prejuízo das relações do Brasil com países como Argentina, Itália, Israel, países que são um pouco mais conservadores. Eles vão começar a se afastar das políticas de negociação com o Brasil, porque o Brasil está sendo interpretado lá fora como uma ditadura, um país que tem um regime de exceção”, disparou.

 

Apesar da crítica do prefeito, não há nada que prove que o Brasil passe por um “regime de exceção”, já que os três poderes do estado democrático de direito estão em pleno funcionamento.

 

Abilio também comentou sobre as perdas econômicas que a medida traz ao país.

 

“Como o governo brasileiro está interpretando isso? Porque pode até fingir que não impacta, mas impacta diretamente a nossa economia. Mato Grosso impacta um pouco menos, porque é um estado concorrente dos Estados Unidos no sentido de exportação da agropecuária, mas na questão de importação, afeta o mercado da carne aqui no nosso Estado. Então tem que avaliar”, encerrou.

 

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