Cuiabá, Domingo, 13 de Julho de 2025
MEDIDA DE TRUMP
13.07.2025 | 08h00 Tamanho do texto A- A+

AMM cita preocupação com "tarifaço" e vê prejuízo para MT

Ele também criticou o teor ideológico presente na decisão de Donald Trump

Victor Ostetti/MidiaNews

O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin

O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

O presidente da Associação Mato-Grossense dos Municípios (AMM), Léo Bortolin, afirmou estar preocupado com a ameaça de novas tarifas comerciais contra o Brasil, anunciadas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.

 

Com certeza traria um dano econômico muito grande para o Estado. Até que o Estado consiga se reorganizar com outros centros consumidores ou importadores...

O “tarifaço” de Trump promete aplicar 50 % de taxa sobre todas as importações do Brasil, prevista para entrar em vigor em 1º de agosto.

 

“É péssimo o tarifaço, e acredito muito que isso não vai acontecer de fato. Pelo menos o que eu li falava que existe a possibilidade de só ter sido um tom de ameaça”, afirmou.

 

Segundo o presidente da AMM, caso as tarifas se concretizem, os prejuízos para o Estado de Mato Grosso seriam significativos, principalmente pela dependência do setor produtivo em relação à importação de matérias-primas.

 

O agronegócio de Mato Grosso importa insumos importantes dos Estados Unidos, como fertilizantes, defensivos agrícolas e máquinas.

 

“Com certeza traria um dano econômico muito grande para o Estado. Até que o Estado consiga se reorganizar com outros centros consumidores ou importadores... Então eu quero creio que isso de fato não vai acontecer”, afirmou.

 

Sobre a possibilidade de redirecionamento das exportações brasileiras para outros mercados, especialmente diante da aproximação do governo Lula com a China, Bortolin defendeu uma política de equilíbrio nas relações comerciais internacionais.

 

“Hoje os Estados Unidos não são o único grande mercado consumidor. Eu defendo que o Brasil tem que ter um alinhamento não só com os Estados Unidos, não só com a Europa, não só com a China, mas também com a Índia, que é o maior mercado consumidor hoje do mundo”, disse.


“Esse diálogo de abertura de mercados internacionais tem que existir. Mas eu sempre defendo o fortalecimento comercial entre as Américas, ou seja, entre o Brasil e os Estados Unidos”.

 

Interferência ideológica

 

O ex-presidente Trump, em seu comunicado sobre o aumento da tarifa, alegou que uma das razões para considerar sanções contra o Brasil seria a suposta “perseguição política” ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

 

Para Bortolin, utilizar uma justificativa política para penalizar economicamente o país seria um grave equívoco.

 

“Com certeza [a política está se sobrepondo à economia]. Acredito que, por este motivo, ele [Trump] não vai prejudicar uma nação inteira de mais de 200 milhões de habitantes. Não é possível que o maior líder mundial acabe prejudicando uma sociedade como um todo devido a uma situação política nacional”, disse.

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