Cuiabá, Terça-Feira, 24 de Junho de 2025
“INCONSISTÊNCIAS”
24.06.2025 | 15h00 Tamanho do texto A- A+

Após estudos, Governo decide mudar projeto do Portão do Inferno

Obra pretende conter desmoronamentos no local; Mendes diz que está no aguardo dos novos estudos

Divulgação

Vista da obra do Portão do Inferno, na MT-251, rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães

Vista da obra do Portão do Inferno, na MT-251, rodovia que liga Cuiabá a Chapada dos Guimarães

CINTIA BORGES
DA REDAÇÃO

O governador Mauro Mendes (União) disse nesta terça-feira (24) que o Governo encontrou “inconsistências nos estudos” que subsidiavam as obras do Portão do Inferno, na MT-251.

 

Quando iniciou-se o projeto verificou-se algumas inconsistências ou algumas diferencias geológicas que não foram percebidas

No fim de 2023, o local registrou diversos deslizes de terra. As obras tiveram início em agosto do ano passado, após um imbróglio entre Sinfra (Secretaria do Estado de Infraestrutura e Logística) e o Instituto Chico Mendes – que administra o Parque de Chapada. 

 

Mendes não detalhou quais seriam as inconsistências encontradas pela Sinfra, mas disse que a Pasta faz um "aprofundamento na análise técnica da solução”. 

 

“Uma coisa é você fazer um estudo preliminar e emergencial, [...] mas quando iniciou-se o projeto verificou-se algumas inconsistências ou algumas diferencias geológicas que não foram percebidas”, disse ele em coletiva à imprensa.

 

“Isso demandou aprofundar esses estudos geológicos, novas sondagens foram feitas, foi colocado máquina em cima do morro e isso demandou uma mobilização de recurso e complexidade gigante”, acrescentou.

 

O projeto inicial da Sinfra está sendo executado pela empresa Lotufo Engenharia e Construções Ltda. e prevê a retirada total do maciço do Portão do Inferno, por meio de uma obra de "retaludamento" da encosta. O contrato tinha o valor de R$ 29,5 milhões.

 

Segundo Mendes, por conta das inconsistências, um novo trajeto da MT-251, no Portão do Inferno, deve ser estudado. A nova alternativa, no entanto, deve ser anunciada apenas em julho.

 

Os estudos iniciais mostraram uma grande dificuldade ou quase uma impossibilidade de prosseguir naquela rota

“Os estudos iniciais mostraram uma grande dificuldade ou quase uma impossibilidade de prosseguir naquela rota. Isso é uma análise muito técnica. [...] E eu não tenho ainda o veredito dos técnicos de qual caminho a ser seguido”, disse.

 

“Mas acredito que teremos isso nas próximas semanas - porque eles me prometeram que será até o final do mês de julho”, emendou.

 

Retaludamento

 

O governador ainda revelou que o projeto inicial, que prevê o retaludamento, pode ser modificado. 

 

“Foi feita a sondagem do topo do morro para baixo, para ver a característica real daquela rocha. E isso fez com que entrássemos em uma revisão daquela solução inicial: se seria possível ou não executá-la”, disse.

 

“E, aí, eu não tenho ainda essa resposta definitiva dos técnicos que estão debruçados nisso há alguns meses”, completou.

 

Portão do Inferno

 

Divulgação

retadulamento obra portao do inferno

Trajeto no trecho da MT-251 do projeto inicial

O projeto de retaludamento foi escolhido após uma série de estudos, realizados pela Sinfra, e consiste na retirada do maciço rochoso na curva do Portão do Inferno e a criação de taludes, uma série de cortes, que funcionam como degraus para impedir os deslizamentos de terra. Com isso, a estrada será recuada em dez metros. 

 

A opção pelo retaludamento foi escolhida levando em conta uma série de fatores: garante mais segurança quanto ao risco de quedas de blocos e também em relação ao possível colapso do viaduto; tem custo financeiro menor; prazo de execução mais rápido; menos complexidade; e menos impacto socioeconômico ao município de Chapada dos Guimarães.

 

A obra, que teve início em agosto do ano passado, tinha a promessa de ser concluída em 120 dias.

 

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