O presidente da Aprosoja Mato Grosso, Fernando Cadore, afirmou que possui pareceres do Ministério Público Estadual (MPE) atestando que os repasses feitos pelo Governo à instituição, de contribuições dos produtores, são privados.
Desde 2000, a contribuição é recolhida pela Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz) via emissão de guia de recolhimento, junto aos recursos do Fundo Estadual de Transporte e Habitação (Fethab).
“Obviamente, não é um recurso público, é um recurso privado. E a prestação de contas é extremamente transparente, feita em assembleias com os produtores, e é chancelada pelos produtores”, afirmou.
De agosto de 2020 a julho de 2021, a Aprosoja recebeu, por meio do Instituto Mato-grossense do Agronegócio (Iagro), R$ 66,8 milhões.
A maior parte refere-se aos sete primeiros meses deste ano, em um total de R$ 61.571.433,35.
Para Cadore, há uma politização em torno do assunto, o que é ruim para a entidade.
“Temos pareceres do próprio Ministério Público mostrando que o dinheiro é privado. Isso é muito tranquilo. Há uma politização”, disse.
“Não é a diretoria ou o presidente que decidem os gastos e que avalizam se aquilo foi gasto ou não. As contas passam por auditorias interna e externa. E os produtores têm acesso virtual e presencial de abertura de contas centavo por centavo da entidade”, completou.
Sefaz: convênio
Segundo a legislação, os produtores contribuem com o Iagro com 1,15% do valor da Unidade Padrão Fiscal de Mato Grosso (UPF-MT) vigente no período por tonelada de soja transportada. Este mês, por exemplo, a UPF-MT está fixada em R$ 200,81.
A Sefaz emite as guias de contribuição e nega que os repasses sejam considerados recursos públicos.
Segundo a Pasta, as transferências não são orçamentárias e há convênio firmado com a entidade.
Atualmente, além do Iagro, ligado à Aprosoja, também possuem convênio ativo com a Sefaz o Instituto da Madeira do Estado de Mato Grosso (Imad) e o Instituto Mato-grossense do Feijão, Pulses, Grãos Especiais e Irrigação (Imafir).
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5 Comentário(s).
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maria 28.09.21 08h57 | ||||
uma associação que arrecada em 11 meses a "bagatela" de 66 milhões (dinheiro público, que não sabemos onde é gasto), e ainda reclamam que não tem infraestrutura e nem local para armazenar. (querendo fomento será??)... as coisas estão invertidas!!! olhem para fora da bolha que os senhores vivem, seria no mínimo ético fazer isso | ||||
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Kamila 27.09.21 21h27 | ||||
Antonio Galvão, presidente da Aprosoja Brasil, é alvo de multas e processos que incluem também o plantio de soja “pirata” e dívidas tributárias na venda do produto https://reporterbrasil.org.br/2021/09/do-desmatamento-a-grilagem-a-ficha-judicial-do-sojicultor-investigado-por-planejar-atos-antidemocraticos/ | ||||
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Rafael 27.09.21 08h11 | ||||
Claro que ele tem que defender isso, mas pagar algo que está definido em lei e é obrigatório para se ter “isenção do ICMS”, claramente é tributo, ou seja, dinheiro público que eles recebem e não prestam contas. Isso é um absurdo! | ||||
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Alencar 26.09.21 21h14 | ||||
Qualquer repasse realizado no âmbito federal, estadual e municipal, são PÚBLICOS, verba pública, portanto é obrigatória a prestação de contas. | ||||
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Valter Vicente 26.09.21 15h00 | ||||
Instituições desse tipo tem que caminhar com as próprias pernas.Afinal não serve pra da.A não ser favorecer meia duzia de mega produtor. | ||||
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