Barbudo diz que Bolsonaro escolheu Flávio por “já estar no métier”

O deputado federal Nelson Barbudo (PL) disse que o ex-presidente Jair Bolsonaro decidiu lançar o filho, o senador Flávio Bolsonaro (PL) ao Palácio do Planalto em 2026 por ele estar exercendo o mandato e ter mais proximidade com a vida pública.

Bolsonaro está preso na sede da Polícia Federal, em Brasília, e no último dia 5 de novembro, pediu ao filho Flávio que dissesse a imprensa e apoiadores que ele sua escolha, em detrimento da sua esposa, Michelle Bolsonaro (PL).

Questionado se acredita que Michelle tenha sido escanteada, Barbudo disse que a eleição será “truculenta” e Flávio “já está no poder”.

“Não tinha jeito de colocar dois. Com todo o respeito às mulheres, a situação dessa eleição no Brasil será muito truculenta. Michelle tem capacidade, garra e já mostrou que enfrenta problemas imensos. Mas o Flávio está no Poder. Ele é um senador”, disse.

“Ele é um cara muito sensato, que consegue dialogar e esse comportamento dele acho que fez o pai o escolher. Além de ser o filho mais velho, ele tem capacidade administrativa ao nosso ver, e tem capacidade de aguentar a pressão. Vou repetir: a dona Michelle também teria porque tem passada e enfrentado várias situações, mas eu acho que ele escolheu por ser um senador e já estar no métier”, completou.

Após o anuncio de Flávio, Michelle pediu afastamento do PL Mulher, da qual é presidente, alegando “alterações na saúde”. Parte da imprensa nacional trata de um possível racha no “clã Bolsonaro”.

Possível desgaste

Entusiasta da candidatura de Flávio, Barbudo disse que Flávio pode ter desgastes na campanha por ter seu nome citado em casos como o da “rachadinha”, quando foi deputado no Rio de Janeiro.

“E as condenações do Lula, do filho, da família do Lula? Essas não são Empecilho? Ele tem condenação? Foi provado? Eu acho que não”, disse.

“Nós sabemos de quantas mentiras foram imputadas em cima de Jair Bolsonaro, e vai ser mais uma delas. Mas pode prejudicar a imagem do Flávio, porque parte da imprensa do Brasil é podre”, completou.