Conhecido mundialmente como megaempresário do agronegócio, destacando-se pela elevada produção de soja, o ex-governador de Mato Grosso e atual senador Blairo Maggi (PR) tem diversificado sua participação em negócios empresariais.
Proprietário do grupo AMaggi, que explora a produção de grãos em países da América do Sul e Europa - como Argentina e Holanda - e receita anual avaliada em R$ 3 bilhões, Maggi agora deixou de ser "rei" da soja para se transformar em "rei" da borracha, conforme nota divulgada pela revista Época, na coluna "Primeiro Plano", do jornalista Felipe Patury.
Duas aquisições elevaram Maggi ao posto de maior produtor de borracha do Brasil e, possivelmente, do mundo. Primeiro, adquiriu um seringal de 1 mil hectares do Banco Noroeste (hoje Santander), negócio que foi concretizado há uma década. Em 2011, foi a vez de ele adquirir mais 10 mil hectares que a empresa Michelin, localizada em Itiquira (357 km ao Sul de Cuiabá), dedicava à exploração de borracha.
Inicialmente, a proposta de Maggi seria substituir as árvores por soja nas áreas reservadas para exploração de borracha. Porém, desistiu do plano ao perceber que o látex se tornou mais rentável que o grão.
"O lucro obtido com 1 hectare de seringueiras é maior que a receita bruta da mesma área com soja. Blairo fez o inverso do que planejava: converteu lavouras de soja em seringais, que hoje já respondem por 8% da área plantada pelo grupo Amaggi", diz trecho da nota publicada pela revista.
Ao concorrer, em 2002, ao Governo do Estado, Maggi ganhou fama pela classificação de maior produtor individual de soja do planeta. Nos últimos anos, perdeu esse posto para o primo Eraí Maggi, também conhecido como "rei do gado", diante dos investimentos feitos em cabeças de boi.
Eraí também é proprietário de usinas hidrelétricas em municípios do interior de Mato Grosso.
Confira a íntegra da nota publicada na revista Época, que circula nesta semana nas bancas:
