Jair Bolsonaro negou que tenha usado a "Abin paralela" para espionar adversários durante seu governo (2019-2022).
Ele declarou que não tinha controle dos serviços de inteligência. "Você [como presidente] não tem ascendência sobre inteligência no Brasil. Nem das Forças Armadas, nem da Abin, nem da PF".
Bolsonaro acrescentou que não havia interesse em saber a localização de autoridades. Ele sugeriu que usar um equipamento chamado First Mile para localizar pessoas não interessava. "Com que finalidade eu quero saber se você tá aqui hoje ou não tá?".
Inelegível, o ex-presidente disse que se trata de uma tentativa de evitar que seja candidato. "É mais uma narrativa, no meu entender, buscando uma maneira de me tirar de vez das eleições no ano que vem". Bolsonaro foi declarado inelegível até 2030 pelo Tribunal Superior Eleitoral.
As declarações ocorreram saída do hospital DF Star, em Brasília. Bolsonaro passou por uma bateria de exames depois de se sentir mal durante uma viagem a Goiás.
A Polícia Federal apontou o ex-presidente como "principal destinatário" de ações clandestinas. O monitoramento seria feito pela "Abin paralela" durante a gestão do hoje deputado Alexandre Ramagem (PL-RJ).
A investigação aponta que informações sensíveis eram encaminhadas com frequência a Bolsonaro. "Jair Messias Bolsonaro figura como principal destinatário do produto de ações clandestinas e da instrumentalização da Abin", disse trecho do relatório da PF.
No total, 1.796 celulares teriam sido espionados. A investigação indiciou mais de 30 pessoas, incluindo o deputado Alexandre Ramagem e o vereador Carlos Bolsonaro (PL).
FONTE: https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2025/06/21/bolsonaro-nega-ter-usado-abin-paralela-mais-uma-narrativa.htm
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