Botelho articula acordo entre Governo e Prefeitura sobre asfalto

O presidente da Assembleia Legislativa, Eduardo Botelho (União), afirmou que está articulando uma reunião para tentar contornar um entendimento entre o Governo do Estado e a Prefeitura de Cuiabá a respeito da realização de obras em 11 bairros da capital. 

O imbróglio perdura há pelo menos três meses. A Secretaria de Estado de Infraestrutura (Sinfra) está com o processo de licitação pronto para iniciar a pavimentação dos bairros, mas esbarra no prefeito Emanuel Pinheiro (MDB), que não deu anuência para o início das obras.

De acordo com a Sinfra, serão investidos R$ 48 milhões em asfalto nos bairros Jardim Fortaleza, Novo Tempo, Parque Amperco, Novo Milênio, Campo Verde, Planalto, Jardim Aroeira, Novo Horizonte, Osmar Cabral, Tancredo Neves e Alto Boa Vista.

Botelho afirmou que está mediando o entendimento e garantiu que não irá desistir da ação. Disse também que lutou pelo projeto e que o Estado tem a obrigação de investir na Capital.

"Estou lutando por isso há muito tempo [reunião entre Estado e capital]. Nós que idealizamos esse projeto, levamos esse projeto porque eu acho que o Estado tem que investir, sim, aqui em Cuiabá. Nós não desistimos disso e acho que o governador também não tem que desistir, não", disse.

"Ele tem que tentar de todas as formas realizar essa obra, tem a obrigação de fazer essas obras em Cuiabá", complemetou.

O presidente da Assembleia ainda criticou o prazo de dez dias dado pela Sinfra para que a Prefeitura emita a autorização de início das obras de asfaltamento. 

Caso a Prefeitura não se manifeste, o valor será revertido em obras para os municípios da Baixada Cuiabana.

"Eu defendo que ainda tentamos buscar alguma solução. Dizer que não vai fazer, é ruim pro povo. Então, o secretário, o governador têm que pensar nisso, no povo. Não é dizer que se isso não acontecer, não vou fazer e pronto", afirmou.

A notificação protocolada nesta terça-feira (29) é o quarto documento enviado pela Sinfra, na tentativa de dar início às obras. 

Outros três ofícios já haviam sido enviados à Prefeitura desde o mês de agosto e não foram respondidos pelo Executivo Municipal. As obras já foram licitadas pelo Estado, com investimento no montante de R$ 48,7 milhões.