Cuiabá, Terça-Feira, 1 de Julho de 2025
REVOLTA NA SAÚDE
03.04.2024 | 09h00 Tamanho do texto A- A+

Calote na insalubridade afeta 4,4 mil servidores da Prefeitura

Funcionários marcaram um protesto para a tarde desta quarta-feira (3) em frente ao Palácio Alencastro

TCE-MT

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que cortou o adicional de insalubridade dos servidores

O prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro, que cortou o adicional de insalubridade dos servidores

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

A Prefeitura de Cuiabá reconheceu que 4.422 servidores municipais foram afetados pelo corte do adicional de insalubridade, que é pago mensalmente junto com os salários.

Isso está impactando diretamente a vida dos servidores e seus familiares

 

Segundo a Secretaria de Gestão, os servidores da Saúde foram os mais impactados. Ao todo 4.392 profissionais da Pasta não receberam o valor.

 

Além deles, 12 servidores da secretaria municipal de Ordem Pública, 11 da Secretaria de Obras, quatro da Secretaria de Gestão e três da Pasta de Meio Ambiente também ficaram sem receber.

 

A Gestão, no entanto, não soube informar o quanto deixou de ser pago aos servidores em razão do corte.

 

Na terça-feira (2) alguns servidores se reuniram para protestar na Câmara Municipal. Uma nova manifestação está marcada para ocorrer nesta quarta-feira (3), em frente à Prefeitura.

 

Em entrevista ao MidiaNews, o presidente do Sindicato dos Odontologistas do Estado de Mato Grosso (Sinodonto), Leandro Arruda, fez críticas à gestão e afirmou que o corte vem afetando as famílias dos servidores.

 

“A gestão humanizada do prefeito é desumanizada com seus servidores. Um corte de salário de 40% sem chamar para dialogar. Isso está impactando diretamente a vida dos servidores e seus familiares. Afeta alimentação, pagamento de contas... E até o momento não temos um posicionamento da Prefeitura sobre o retorno do adicional”, afirmou.

 

“Todos os servidores da Saúde foram afetados pelo corte da insalubridade. Apenas na odontologia são 300”, acrescentou.

 

Justificativa

 

Apesar de não ter dado aviso prévio sobre o corte dos servidores, Emanuel emitiu uma nota para explicar a falta do adicional.

Agora a prefeitura quer fazer esse estudo, mas não tem previsão, não tem empresa contratada, não tem data

 

No comunicado ele alegou que o não pagamento se deu porque a Secretaria de Gestão está cumprindo o Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), que colocou fim à intervenção estadual da Saúde assinado no ano passado.

 

No entanto, o presidente do Sinodonto afirmou que a justificativa do prefeito é uma desculpa para encobrir a falha na gestão.

 

“É uma inverdade quando ele culpa o TAC por essa ação. O TAC é claro dando 90 dias, ou seja, de 1º de janeiro até 31 de março, para que a Prefeitura faça o estudo dos riscos ambientais de cada profissional e enquadre cada um deles dentro do seu risco, seja mínimo, médio ou máximo”, disse.

 

“O problema é que a Prefeitura não fez o seu dever de casa, não fez esse estudo e cortou de todo mundo. Agora ela quer fazer esse estudo, mas não tem previsão, não tem empresa contratada, não tem data. E nós servidores tivemos 40% de corte sem aviso prévio”, acrescentou.

 

Segundo Arruda, foi necessário o pedido do estudo, pois havia servidores da área administrativa que estavam recebendo o adicional de insalubridade. Porém, este não era o caso da maioria.

 

“Acho que a desculpa é por aí: o prefeito justificou usando o TAC para resolver o seu problema financeiro nesse momento que se encontra em crise”, afirmou.

 

“No entanto, nós estaremos protestando, lutando, pelo retorno dessa insalubridade que é nosso direito pelo risco que corremos com a nossa exposição dentro do ambiente de trabalho todos os dias”.

 

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COMENTÁRIOS
5 Comentário(s).

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Robélio Orbe  03.04.24 16h04
A grande maioria dos servidores votaram no E.P e agora ficam de choromingando.
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Atento   03.04.24 15h24
E sobre o calote do FGTS e repasse de INSS que a prefeitura deu nos funcionários, caiu no esquecimento?
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Rodolfo  03.04.24 11h09
É uma vergonha esse prefeito. Não sei como ele ainda consegue se manter no cargo.
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carlos  03.04.24 09h53
Esses que reclamam agora, são os mesmos que gritvam: é 15 é 15 é 15.........chupa essa manga
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Deyved Sobrinho  03.04.24 09h18
Se eu bem me lembro, o ano era 2020, findado o primeiro turno das eleições municipais em Cuiabá o candidato de oposição liderava com folga as intenções de votos para o segundo turno... Com o acirramento nas campanhas eleitorais, logo, na Secretaria de Saúde de Cuiaba houve grande mobilização de SERVIDORES para virar votos em favor do então candidato á reeleição Emanuel Pinheiro, obtiveram êxito. Hoje em pleno 2024, estão apenas colhendo aquilo que plantaram, nada mais. O plantio é facultativo, já a colheita, essa é obrigatória!
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