"Carlos Bolsonaro fala pela boca o que devia sair por outro lugar"

O governador Mauro Mendes (União) criticou a fala do vereador do Rio de Janeiro, Carlos Bolsonaro (PL), em que comparava governadores de direita a “ratos”, por não defenderem com mais ênfase seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro. 

Ele deve estar se sentindo ferido, magoado e falando pela boca aquilo que devia sair por outro lugar

Mendes classificou como “muito ruim” esse tipo de ataque. “Ele deve estar se sentindo ferido, magoado e falando pela boca aquilo que devia sair por outro lugar. Então, acho que é muito ruim esse tipo de ataque e não ajuda na solução do problema”, afirmou nesta quinta-feira (21), durante evento na sede da federação União Progressista.

No último domingo (17), Carlos publicou nas redes sociais uma crítica a "governadores democráticos" de direita. Sem citar nomes, afirmou que os políticos se "comportam como ratos" e que se limitavam a fazer oposição ao PT.

Mendes disse, ainda, estar de “saco cheio” da polarização no País e que essa discussão é “inútil”, pois não contribui para a melhora da vida da população. Para ele, o ataque de Carlos não traz solução nenhuma aos problemas ou ajuda na união da direita.

“Isso não contribui com a sociedade, a polarização está sendo muito ruim. Estou de ‘saco cheio’ dessa polarização. É uma discussão inútil que, no final do dia, não coloca comida na mesa, não melhora as estradas ou a saúde”, disse.

“Nós temos que fazer uma discussão sobre os problemas do Brasil e as soluções que nós queremos. Esse tipo de ataque não é bem-vindo e não conspira para nenhuma solução”, encerrou.

Os governadores de direita vêm sendo cobrados por um posicionamento mais em defesa do ex-presidente Bolsonaro, o que ficou evidente após a ausência da grande maioria deles nos atos do último dia 3 de agosto.

Bolsonaro é réu na ação que apura uma suposta tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022 e atualmente cumpre prisão domiciliar, fazendo uso de tornozeleira eletrônica. O início do julgamento do ex-presidente e outros sete réus está marcado para o dia 2 de setembro.

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