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28.05.2025 | 17h41 Tamanho do texto A- A+

CBF nomeia cartola gaúcho como presidente interino da FMF

Federação de Mato Grosso vive um impasse jurídico com decisão que suspendeu eleição

Divulgação

O advogado Luciano Dahmer Hocsman, que deve ser o interventor da FMF

O advogado Luciano Dahmer Hocsman, que deve ser o interventor da FMF

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A CBF (Confederação Brasileira de Futebol) nomeou o advogado gaúcho Luciano Dahmer Hocsman como presidente interino da FMF (Federação Mato-grossense de Futebol). Luciano já é presidente da Federação Gaúcha de Futebol e deve acumular os dois cargos. 

Se acaso não remediado, pode ensejar a punição da própria CBF, entidade nacional responsável por zelar e garantir o cumprimento das normas impositivas da lex sportiva

 

Assinada pelo novo presidente da CBF, Samir Xaud, a nomeação foi protocolada para validação da juíza Ana Cristina Mendes, da 4ª Vara Cível de Cuiabá, na terça-feira (27), e deve ser analisada nas próximas horas.

 

Na última segunda (26), a magistrada determinou a nomeação provisória do advogado Thiago Dayan da Luz Barros, devido ao fim do mandado do então presidente Aron Dresch. Conforme estipulado no regulamento da instituição, o mandato de Dresch se encerraria naquele dia.

 

Segundo a CBF, a nomeação de um advogado como Thiago, distante do futebol, “pode provocar graves danos ao desporto mato-grossense", resultando inclusive em sanções contra a confederação.

 

A nomeação do interino tem como pano de fundo o impasse que divide o cenário do futebol local. Dresch tenta se reeleger presidente, mas enfrenta a candidatura do empresário João Dorileo Leal. 

 

A eleição, que deveria ter ocorrido no início do mês, foi suspensa pela Justiça.

 

Nesta quarta, o MidiaNews divulgou que o ex-presidente da FMF Aron Dresch pode desistir da reeleição.

 

Manifestação da CBF

 

Samir Xaud apontou que a ausência de um dirigente legitimamente eleito “acarretaria inegáveis prejuízos não só ao regular andamento das próprias atividades administrativas, mas também atentaria contra os interesses do clubes locais”.

 

Ele usou como argumento o fato de a Constituição Federal garantir "autonomia às entidades de administração do desporto para se autogovernar e autorregular, blindando-as contra interferências externas, sobretudo de agentes estatais”.

 

E, por fim, aponta que a Fifa (Federação internacional de Futebol) e a Conmebol (Confederação Sul-Americana de Futebol) repudiam a intervenção de terceiros no comando das federações, e podem até punir a CBF.

 

“[...] Se acaso não remediado, pode ensejar a punição da própria CBF, entidade nacional responsável por zelar e garantir o cumprimento das normas impositivas da lex sportiva no território nacional”, consta em trecho do documento.

 

Veja documento:

 

 

 

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