Cuiabá, Quarta-Feira, 9 de Julho de 2025
CONTRATO COM A CS MOBI
08.07.2025 | 17h56 Tamanho do texto A- A+

CPI defende repactuação: “Empresa tem gordurinha a ceder”; veja

Presidente da comissão defende que Prefeitura e empresa negociem o acordo em novos termos

Victor Ostetti/MidiaNews

O depoimento do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) à CPI, presidida pelo vereador Rafael Ranalli (PL)

O depoimento do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) à CPI, presidida pelo vereador Rafael Ranalli (PL)

GIORDANO TOMASELLI
DA REDAÇÃO

O presidente da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da CS Mobi, Rafael Ranalli (PL), defendeu que o prefeito Abilio Brunini (PL) e a empresa CS Mobi cheguem a um acordo para repactuar o contrato atual.

 

Eu gostaria muito que o prefeito Abilio sentasse com a empresa CS Mobi, puxasse esse contrato com carinho embaixo do braço e repactuasse

Segundo o vereador, a empresa pode ceder em alguns pontos, pois, na conjuntura atual, teria uma margem de lucro muito grande.

 

A empresa venceu uma licitação para controlar o estacionamento rotativo de Cuiabá pelo prazo de 30 anos, tendo como obrigação a requalificação do Centro e a construção do novo Mercado Municipal. O acordo é de R$ 650 milhões. 

 

“Eu levo mais em consideração uma palavra que às vezes passa batida, mas todos os lados falam, que é repactuação. Eu gostaria muito que o prefeito Abilio sentasse com a empresa CS Mobi, puxasse esse contrato com carinho embaixo do braço e repactuasse”, disse Ranalli.

 

“Acho que a empresa tem sim uma ‘gordurinha’ a ceder pelos números apresentados”, completou. A fala ocorreu após o depoimento do ex-prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) à CPI, na segunda-feira (7).

 

A opinião é diferente do prefeito Abilio, que já disse diversas vezes publicamente que defende o rompimento do contrato com a empresa. Entretanto, caso o contrato seja rompido, a Prefeitura será obrigada a pagar uma multa de mais de R$ 130 milhões.

 

Vantajosidade

 

De acordo com os números apresentados pela Comissão, as obras que serão executadas pela empresa, como a construção do Mercado Municipal Miguel Sutil e a readequação de calçadas no Centro Histórico, teriam um custo estimado de R$ 140 milhões.

 

Entretanto, pelo contrato firmado, ao longo de 30 anos a Prefeitura deverá pagar à empresa R$ 650 milhões, sem contar a correção monetária.

 

“Se o custo de obra, de manutenção desse contrato para a empresa, está na casa dos R$ 150 milhões, não tem necessidade do município pagar R$ 650 [milhões]. Há uma diferença de um lucro aparente de quase R$ 500 milhões”. 

 

“Então acho que dá para o prefeito chamar a empresa CS Mobi para repactuar. O principal dessa CPI é fazer com que as duas partes sentem, cheguem num denominador comum e repactuem esse contrato para ficar bem aparente à dita vantajosidade”, encerrou o vereador.

 

Veja:

 

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