ANA ADÉLIA JÁCOMO
DA REDAÇÃO
Os envolvidos no provável esquema que desfalcou os cofres da Câmara de Cuiabá em R$ 1,1 milhão serão indiciados pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI). O presidente e vereador Edivá Alves (PSD) adiantou ao
Midia News que já encaminhou esta semana um documento, denominado Qualificação de Condutas, aos sete denunciados, para que apresentem suas defesas em 10 dias.
A CPI investiga a reforma feita pelo ex-gestor Deucimar Silva (PP). Ele, o engenheiro Carlos Anselmo, o proprietário da Alos Constutora Alexandre Lopes Simplício, a presidente de licitação da Câmara Izanete Gomes da Silva, a secretária financeira do Legislativo Circe da Guia Medeiros Couto, o presidente de licitação da Secretaria de Fazenda (Sefaz) Válidos Augusto Miranda e a ex-coordenadora de licitação Sinara Marcondes Moura responderão na justiça pelo rombo.
“A CPI constatou o superfaturamento e os prováveis indiciados terão dez dias para apresentarem a defesa. Depois disso vamos ler o relatório em sessão plenária e possivelmente enviar a denúncia para a Justiça”, afirmou Edivá.
Todos os interrogados negaram suas respectivas participações nos desvios. O engenheiro Carlos Anselmo disse que só assinou depois de quatro meses e que não leu nada e nem confeccionou qualquer documento.
Deucimar disse que só pagou porque o financeiro havia sinalizado positivamente. Izanete disse que não fez nada e que também nem leu o edital. Válidos disse que só copiou modelos usados e que só quis ajudar. Circe disse que só pagou o que mandaram e que tudo estava assinado pelo engenheiro. Os intimados Sinara e Alexandre não compareceram aos interrogatórios.
Apesar da falta de informação, Edivá diz que a CPI não acabará em “pizza”.
“Alguém agenciou tudo isso e vamos apontar, no relatório, cada um dentro de sua atribuição. Isso não vai acabar em pizza”, garante o presidente.