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ODEBRECHT
14.04.2017 | 10h12 Tamanho do texto A- A+

Delator: ministro de Dilma intermediou R$ 1 milhão para Lúdio

Apelido de petista, na lista apresentada por ex-diretor da empreiteira, era “EMA”

Marcus Mesquita/MidiaNews

Ex-vereador Lúdio Cabral teria tido a campanha de 2014 financiada pela construtora

Ex-vereador Lúdio Cabral teria tido a campanha de 2014 financiada pela construtora

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O empresário Benedicto Barbosa da Silva Júnior, um dos chefes do “departamento de propina” da empreiteira Odebrecht, revelou que o ex-vereador por Cuiabá, Lúdio Cabral (PT), recebeu R$ 1 milhão em caixa dois na campanha eleitoral de 2014.

 

Os valores constam em uma planilha divulgada pelo site Poder 360, do jornalista Fernando Rodrigues, ex-Folha de São Paulo.

 

De acordo com os dados, o petista recebeu dois repasses de R$ 500 mil por meio do atual prefeito de Araraquara (município do interior de São Paulo), Edinho da Silva (PT), que foi ministro de Comunicação de Dilma Rousseff (PT).

 

À época, Lúdio disputou o Governo do Estado contra o então senador Pedro Taques (PSDB), que ganhou a eleição.

 

Em sua prestação de contas, disponível no site do Tribunal Regional Eleitoral (TRE-MT), Lúdio disse ter conseguido receitas de R$ 4,3 milhões. Entretanto, não há, na relação, o nome da empreiteira ou de empresas relacionadas ao Grupo Odebrecht.

 

Na lista do empresário Benedicto Barbosa, o petista aparece com o apelido de “EMA”. Aos procuradores de Curitiba, Benedicto explicou, segundo o site, como o “departamento” dava os apelidos aos políticos para os quais fazia repasses.

 

Segundo ele, os nomes eram colocados pelos operadores do “departamento”.

 

“Se a pessoa [o operador] conhecia o outro lado [o político], ele sugeria o codinome. Se não existisse ainda no sistema, era aceito. Mas não tinha uma regra”, disse.

 

Veja a lista completa de nomes AQUI

 

 

print ludio citado em delação da lava jato

Fac-símile de trecho da planilha em que Lúdio Cabral é citado

 

 

Sodoma 5

 

Lúdio Cabral também chegou a ser alvo de condução coercitiva pelo Ministério Público de Mato Grosso em razão das suspeitas da prática de caixa 2, mas na campanha eleitoral de 2012, quando disputou o cargo de Prefeito de Cuiabá.

 

Segundo o MPE, seu então vice na chapa e posterior secretário de Estado, Francisco Faiad, usou R$ 1,7 milhão do total de R$ 8,1 milhões desviados do governo do Estado, para pagar dívida de campanha com a empresa Auto Posto Marmeleito. O esquema foi deflagrado na quinta fase da Operação Sodoma. 

 

O recurso teria sido pago em forma de propina pelos sócios do Auto Posto Marmeleiro e da Saga Comércio e Serviço de Tecnologia e Informática Ltda, Juliano Volpato e Edézio Corrêa, em troca da concessão de contratos e de compras fraudulentas de combustível, nos anos de 2011 a 2014.

 

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