O deputado estadual Silvano Amaral (PMDB) disse acreditar que as reformas que o governador Pedro Taques (PSDB) deve enviar este ano para a Assembleia Legislativa não contarão com o apoio nem dos parlamentares de sua própria base.
Isso porque, para ele, o desgaste das reformas deverá ser grande e 2018 é ano eleitoral.
Entre as propostas que o Palácio Paiaguás deverá enviar ao Parlamento estão a reforma da Previdência e o congelamento do salário dos servidores públicos por até dois anos, além da reforma Tributária do Estado.
“Temos eleição ano que vem. Todos sabem o desgaste que a base teve por conta da questão da RGA [Revisão Geral Anual]. Os servidores públicos demonstraram uma força política muito forte, basta ver o exemplo da vitória do prefeito Emanuel em Cuiabá. Acho que a própria base não vai querer se envolver, porque de todos os 24 deputados, ao menos uns 20 devem ir para reeleição”, disse o parlamentar.
“Os deputados não vão arriscar uma eventual reeleição para fazer reforma. Até porque a democracia é isso, é feita de força política, carisma, ação que você toma aqui. Os deputados têm o compromisso com sua base eleitoral”, afirmou.
O desgaste, então, seria com servidores públicos, sociedade e empresariado. Silvano não acredita que os parlamentares vão querer “comprar essa briga”.
“Com os servidores, a mais desgastante será a questão do teto. Depois também tem a questão da reforma tributária, que é com o setor empresarial. Então você imagina como será a discussão de reforma que atinge servidor e da reforma que atinge empresários”, disse.
“Dizem que a reforma tributária vem para resolver um emaranhado de decretos e leis, e eu acho que tem que ter, porque existem mil e uma instruções normativas, leis, decretos. Mas sob toda mudança existe um custo que vai impactar sobre os empresários, porque, senão, para que fazer reforma?”, afirmou.
Para Silvano, as reformas de Taques deveriam ter sido enviadas em 2016 para a Assembleia.
“Eu acho que as reformas não virão mais este ano. Já estamos em maio e nem chegou aqui ainda. Se vir não irá passar. Eles perderam a oportunidade no ano passado. Na RGA, tivemos vários deputados que votaram contra o Governo. E vai acontecer isso agora, novamente, se o projeto vier”, completou.
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9 Comentário(s).
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Bruna Novais 04.05.17 01h35 | ||||
os avanços em nossa economia já é notório e Taques pensa na população acima de tudo. | ||||
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manoel silva 03.05.17 19h27 | ||||
O PMDB é o partido que dos retrocessos nacionalmente,onde o seu cacique estadual de Mato grosso Carlos Bezerra votou a favor das reformas, eu duvido esse deputado contrariar Bezerra. | ||||
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Hugo 03.05.17 18h34 | ||||
Vai ser obrigado a votar! Não adianta ficar com esse discurso porquê sabemos que vc é do PMDB. | ||||
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Lucca 03.05.17 18h32 | ||||
Como assim o PMDB não vai apoiar? Ele pode até dizer que não, mas vai ter que votar junto com o Bezerra que é o líder do partido. | ||||
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Lucian 03.05.17 17h42 | ||||
Taques vem buscando minimizar os impactos para com o povo, mas não está fácil. Fora que ninguém lembra que o chefe de toda essa gracinha é o PMDB. | ||||
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