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10.07.2025 | 18h45 Tamanho do texto A- A+

Em reunião no TRT, autoridades defendem leilão da Santa Casa

Vice-governador, prefeito e presidente do TCE se reuniram no Tribunal Regional do Trabalho

Victor Ostetti/MidiaNews

A reunião no gabinete da presidência do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso

A reunião no gabinete da presidência do Tribunal Regional do Trabalho de Mato Grosso

VITÓRIA GOMES
DA REDAÇÃO

Governo do Estado, Prefeitura de Cuiabá e Tribunal de Contas do Estado se reuniram nesta quinta-feira com representantes do Tribunal Regional do Trabalho para tentar colocar fim ao impasse a respeito da Santa Casa, que corre o risco de fechar. Uma das possibilidades levantadas durante o encontro é fazer o leilão do imóvel, que está penhorado em razão de dívidas trabalhistas.

O que nós temos conversado com o Estado é uma estratégia para não fechar a Santa Casa

 

A reunião teve a participação do vice-governador Otaviano Pivetta (Republicanos), do prefeito de Cuiabá Abilio Brunini (PL), do presidente do TCE, conselheiro Sérgio Ricardo, e da presidente do TRT-MT, desembargadora Adenir Carruesco, além do chefe da Casa Civil Fábio Garcia.

 

A instituição centenária é administrada pelo Governo de Mato Grosso desde 2019 e enfrenta um impasse crítico em razão do alto custo de manutenção do prédio histórico, que atualmente custa cerca de R$ 400 mil por mês em aluguel pago pelo Estado. Além disso, com a inauguração do novo Hospital Central, a ideia do Governo é transferir para lá os serviços hoje ofertados na Santa Casa.

 

Um dos principais pontos de conflito é o destino do prédio: o Estado descarta comprá-lo e sugere o leilão para pagar as dívidas trabalhistas, que giram em torno de R$ 48 milhões, enquanto o outras partes defendem sua aquisição ou desapropriação para preservação dos serviços.

 

Em entrevista à imprensa após a reunião, Abilio explicou que a preferência da compra é do Governo Federal, que é o primeiro que pode tentar adquirir, seguido do Governo do Estado. O Município seria “residual”. Ou seja, apenas na ausência do interesse de compra dos dois a Prefeitura poderia tentar adquirir a Santa Casa, segundo Abilio.

 

“O que nós temos conversado com o Estado é uma estratégia para não fechar a Santa Casa. Qualquer um dos entres federativos que quiserem fazer a aquisição do imóvel, o Município está à disposição para fazer a gestão, o funcionamento da Santa Casa”, afirmou o prefeito.

 

Segundo Abilio, o melhor processo de aquisição seria o leilão, que foi proposto durante a reunião. No entanto, o prefeito disse acreditar que o valor do imóvel, que ultrapassa os R$ 70 milhões, estaria superfaturado, o que pode afugentar compradores.

 

“A melhor aquisição seria por leilão. Porque uma avaliação imobiliária deste tamanho, se a gente fizesse uma desapropriação imobiliária, todos os todos os credores interessados poderiam judicializar”, disse.

 

O juiz auxiliar da presidência do TRT, Ediandro Martins, afirmou que o patrimônio da Associação Beneficente Santa Casa está penhorado e que é necessário dar andamento ao processo para viabilizar o pagamento das dívidas trabalhistas de funcionários dispensados há anos.

 

“Para que isso avance é preciso trazer ao interesse dos credores, verificar com os devedores. E existe uma possibilidade de que isso vá procedendo até que haja a quitação dos valores que os trabalhadores têm direito. A gente aguarda o posicionamento do Estado e dos devedores para que isso ocorra”, disse.

 

O vice-governador também deu seu parecer após a reunião e disse defender que o impasse da Santa Casa seja resolvido pelo “caminho legal”. Porém, ele desconversou ao ser questionado se o Estado iria adquirir o imóvel em leilão.

 

“Saímos convencidos que o melhor caminho é o caminho legal. O caminho legal é uma empresa falida, tem credores, vender o patrimônio para satisfazer o interesse dos credores. Nós vamos ficar aguardando o processo legal se exaurir. O Estado tem a obrigação de fazer a Saúde de média e alta complexidade funcionar”, disse.

 

“[O leilão] É o caminho legal. Tem dois caminhos, como o Abilio falou aqui: a desapropriação é um deles, mas fica a hipótese de se judicializar, e o leilão é mais seguro”.

 

Veja vídeos:

 

 

 

 

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Carlos  11.07.25 10h30
Acho que todos os duodécimo dos poderes poderiam resolver isso, digo, o duodécimo do excesso de arrecadação deste ano, ou seja, somente sobre a diferença entre o projetado e o arrecadado.
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