Decididamente, o prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) errou, e muito, ao decidir lançar a candidatura de sua esposa Márcia Pinheiro (PV) ao Palácio Paiaguás.
Até então considerado um "estrategista político", o prefeito trocou os pés pelas mãos e saiu do processo eleitoral muito menor do que entrou, mesmo comandando a poderosa máquina da Prefeitura, azeitada por um orçamento de R$ 4,2 bilhões.
Algumas evidências: a votação de Márcia, de apenas 16,41% dos votos válidos (ou 267.172 votos), revela, na verdade, o tamanho de Emanuel Pinheiro em Mato Grosso.
Para se ter uma ideia, o governador Mauro Mendes (União Brasil) teve 68,45% dos válidos, ou 1.114.549 de votos - abrindo uma vantagem de 847.377 votos sobre a adversária.
Em outras palavras, Márcia e seu marido tomaram uma retumbante surra nas urnas.
Além de revelar o pouco prestígio perante o eleitorado mato-grossense, Emanuel conseguiu ampliar sua rejeição, ligada sobretudo às suspeitas de esquemas de corrupção em sua gestão.
Aliás, pode-se afirmar que o maior desgaste de Márcia, que impediu seu crescimento, foi a nódoa da corrupção que paira sobre a figura do marido.
Não bastasse isso, a equipe de Emanuel também errou no marketing eleitoral, adotando uma linha agressiva, virulenta, que foi rejeitada pelos eleitores e punida severamente pela Justiça Eleitoral, que tirou do ar e suspendeu todas as inserções de Márcia na reta final de campanha.
A falta de preparo da primeira-dama também evidenciou o quão precipitada e tresloucada foi sua candidatura.
Apesar do carisma, ela se perdeu em entrevistas e debates, ao demonstrar que não conhece os dados básicos sobre Mato Grosso em áreas fundamentais como Saúde, Educação e Infraestrutura.
O desgaste de Emanuel e Márcia também ficou evidente diante de dados relevantes sobre a eleição. Ela e seu filho Emanuelzinho, que se reelegeu a federal, perderam em Cuiabá e em todos os municípios de Mato Grosso.
Para se ter uma ideia, enquanto Mendes somou 215.550 votos (ou 69,27%) na Capital, Márcia conseguiu apenas 66.699 votos (ou 21,43%) - uma diferença de 148.851 votos.
Emanuelzinho seguiu a mesma linha: enquanto o ex-vereador Abílio Brunini, que se elegeu à Câmara Federal, conquistou 41.621 votos (12,91%) em Cuiabá, Emanuelzinho somou apenas 25.941 votos (8,05%).
Resumindo: conclui-se facilmente que Emanuel, talvez meio que cego pelo ódio, ficou obcecado em peitar Mendes nas urnas a qualquer custo. O resultado foi desastroso.
Pior: enfraquecido, ele inviabiliza não só a manutenção de seu grupo no Palácio Alencastro, nas eleições de 2024, mas também prejudica gravemente sua pretensão de disputar projetos majoritários daqui para a frente, como o Governo do Estado, em 2026.
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14 Comentário(s).
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Rinaldo Silva 05.10.22 12h44 | ||||
o problema da Marcia é a imagem de corrupção que paira sobre a prefeitura inclusive ela alvo de busca e apreensao e suspeita de esquema de cabide | ||||
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waldomiro lopes 05.10.22 10h55 | ||||
A BEM DA VERDADE:- ADEUS AOS CARGOS POLÍTICOS AO CASAL PINHEIRO. | ||||
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josé Oliveira 05.10.22 08h19 | ||||
O problema da Marcia é que ela nunca saiu de Cuiaba, não conhece o MT, e o interior de MT nunca ouviu falar dela, falo isso com conhecimento, meus amigos do interior do estado nunca ouviram falar dela. | ||||
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Margareth Viana 04.10.22 16h59 | ||||
O QUE EU QUERO SABER É SE ESSAS OPERAÇÕES POLICIAIS, INCLUSIVE DA PF, NÃO VÃO DAR EM NADA | ||||
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zvilmar 04.10.22 13h27 | ||||
Tinha que ter lançado ela para Deputado Estadual....estaria eleita com folga....e seria uma bela parceira com a Janaina. | ||||
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