Cuiabá, Segunda-Feira, 15 de Setembro de 2025
CAOS NA SAÚDE
18.03.2023 | 17h00 Tamanho do texto A- A+

“Emanuel verá onde ficam os puxa-sacos quando for para cadeia”

Janaina dispara contra ex-amigo, relembra caso do pai e expõe ex-secretários: “destruiu reputações”

Assessoria

A deputada Janaina Riva, que disparou contra Emanuel

A deputada Janaina Riva, que disparou contra Emanuel

CÍNTIA BORGES
DA REDAÇÃO

A deputada estadual Janaina Riva (MDB) subiu o tom das críticas ao prefeito de Cuiabá e correligionário Emanuel Pinheiro (MDB) na semana em que ele perdeu o comando da Saúde da Capital, que está sob intervenção do Estado.

 

Janaina – que era amiga de Emanuel e rompeu com ele em meados de 2020 – afirmou que em conversas com membros do MDB havia o alertado sobre os supostos crimes contra os caixa da Prefeitura.

 

“Eu era amiga dele, e avisei: ‘Você vai sair preso. Você vai ser afastado’. Mas ele fica rodeado de puxa-sacos que ficam vendendo o dia inteiro que ‘está tudo bem'. Ele vai ver onde estarão os puxa-sacos quando ele for para cadeia”, disse ela.

 

Ele [Emanuel] fica rodeado de puxa-sacos que ficam vendendo o dia inteiro que ‘está tudo bem'. Ele vai ver onde estarão os puxa-sacos quando ele for para cadeia

“Eu já vivenciei isso dentro da minha casa. Na hora de roubar, tem quem ajuda. Mas na hora de pagar, [ele] vai pagar sozinho e não vai poder reclamar que estava desavisado”, completou, relembrando o caso do pai, o ex-deputado estadual José Riva.

 

Riva foi preso em 2015 acusado de esquemas de corrupção na Assembleia Legislativa. À época, foi considerado o político “mais ficha suja” do Brasil.

 

Anos depois, em 2020, confessou diversos crimes, firmou um acordo de delação premiada de R$ 92 milhões e hoje cumpre prisão em regime semiaberto.

 

Destruindo reputações

 

Janaina apontou ainda que, em sete anos da Gestão Pinheiro, perdeu as contas de quantos secretários já estiveram à frente da Saúde de Cuiabá –  por pedirem demissão ou por terem sido exonerados por serem alvos de operações policiais.

 

“O caso de Cuiabá não pode ser comparado a nenhuma prefeitura de Mato Grosso, porque nenhuma teve quase 10 secretários de Saúde... Eu nem sei quantos foram, porque perdi as contas”, disse.

 

“Teve gente séria que preferiu sair porque não queria assinar o que mandavam assinar. [Emanuel] Destruiu a reputação de gente séria, como Dr. Huark, por exemplo, como a Ozenira e a Suellen que é servidora pública”, completou citando os ex-secretários.

 

Desde 2017, Cuiabá já teve a frente sete secretários. São eles: Elizete Araújo (pediu demissão), Huark Douglas (exonerado, alvo de operação Sangria),  Luiz Antônio Possas de Carvalho (pediu demissão, após ser alvo da operação Overpriced), Ozenira Feliz (pediu demissão), Célio Rodrigues (exonerado, preso em operação Capstrum), Suelen Danielen Alliend (pediu demissão), e por último, o médico Guilherme Salomão.

 

Nesta quarta-feira, a Assembleia aprovou a intervenção na Saúde de Cuiabá, que nos próximos 90 dias, terá a frente a enfermeira e servidora pública de Cuiabá, Danielle Carmona Bertucini.

  

Leia mais sobre o assunto:

 

Deputados aprovam decreto da intervenção da Saúde de Cuiabá

 

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