A Expominério 2025, evento de mineração do Centro-Oeste, começou nesta quarta-feira (26), em Cuiabá, projetando até R$ 200 milhões em negócios. Com expansão de público, expositores e conteúdo técnico, a feira abre três dias de debates sobre inovação, sustentabilidade e o futuro da atividade mineral em Mato Grosso.

Uma das organizadoras, Pamela Alegria, disse que a Expominério se tornou um espaço de discussão qualificada sobre temas sensíveis do setor, como a eliminação do mercúrio, transição energética e práticas sustentáveis.
“A Expominério se consolida como o segundo maior evento de mineração do país e o maior do Centro-Oeste. Trouxemos problemas reais que o setor enfrenta e também as soluções", disse ela.
"Temos palestrantes que participaram da COP e especialistas para tratar sobre o uso do mercúrio e da transição para uma cadeia do ouro sem contaminação. Ano passado, movimentamos R$ 75 milhões de reais e agora, com uma feira três vezes maior, acreditamos gerar a partir de R$ 200 milhões em negociações”, acrescentou.
O governador Mauro Mendes disse, na abertura, que a mineração acompanha a história de Mato Grosso desde o período colonial e segue sendo um dos pilares da economia estadual, especialmente pelo vínculo com o agronegócio e pela demanda crescente por minerais estratégicos.
“Esse setor tem uma longa trajetória no nosso estado e é fundamental para o agronegócio. Sem mineração de fertilizantes, potássio, fosfato, simplesmente não teríamos agricultura na escala que temos hoje. É preciso combater o estigma que reduz a mineração a imagens de garimpo ilegal. A atividade séria existe e é majoritária, com tecnologia, segurança e respeito às normas ambientais”, afirmou.
O presidente da Assembleia Legislativa, Max Russi, reforçou que o fortalecimento do setor depende de coordenação institucional e de regras claras, destacando o trabalho desenvolvido pelo grupo de mineração da ALMT e a importância de transformar riqueza mineral em desenvolvimento local.
“Estamos debatendo projetos, ouvindo o governo, os mineradores e a sociedade. A mineração gera emprego, renda e pode transformar municípios que ficaram para trás. Temos um potencial enorme, parecido com o que o agronegócio significou no passado. A feira cresce porque o setor cresce. E precisamos mudar a imagem da mineração: quem pratica ilegalidade não é minerador. O setor sério, que é a grande maioria, respeita o meio ambiente e ajuda a desenvolver cidades”.
Já o organizador Disney de Paula enfatizou o caráter técnico e educacional da Expominério, que nesta edição triplicou o número de expositores e incorporou novas frentes de formação e divulgação científica.
“A feira transforma Cuiabá num polo de conhecimento e inovação da mineração. São mais de 40 horas de conteúdo com especialistas debatendo descarbonização, ouro sem mercúrio, modernização da legislação e tecnologias de ponta. Lançamos o projeto Mina do Saber para aproximar as crianças da ciência e do mundo mineral. Crescemos três vezes de um ano para o outro, o que mostra a força do setor em Mato Grosso e no país”, disse.
A Expominério segue até sexta-feira (28), no Centro de Eventos do Pantanal e com entrada gratuita.
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