"Fábio é meu candidato; precisa definir quem será o do União"

O governador Mauro Mendes, presidente do União Brasil em Mato Grosso, reafirmou nesta sexta-feira (19) que o secretário-chefe da Casa Civil Fábio Garcia é o “seu candidato” a prefeito de Cuiabá.

“O Fábio é meu candidato, agora o que precisamos definir é quem será o candidato do União Brasil”, disse à imprensa nesta sexta-feira (19).

Eu vou tentar até o último momento construir uma solução. Se não tiver a solução foi combinado dentro do União Brasil que quem decide Cuiabá sou eu

Garcia disputa a candidatura do partido com o deputado estadual Eduardo Botelho. No entanto, o chefe da Casa Civil tem a preferência do governador por ele ter firmado um compromisso de apoiar seu nome nas eleições.

No ano passado Mendes pediu que um dos correligionários desistisse da candidatura, mas tanto Garcia quanto Botelho já disseram que não recuarão.  

“Eu vou tentar até o último momento construir uma solução. Se não tiver a solução foi combinado dentro do União Brasil que quem decide Cuiabá sou eu. E no momento que for oportuno e apropriado, se não tiver um acordo, eu definirei”, afirmou.

Questionado sobre critérios do partido para a escolha do candidato, o governador explicou que houve uma divisão regional em Mato Grosso e cada político ficou responsável por comandar as articulações dos municípios escolhidos.

Ele ainda minimizou os resultados de pesquisas que tem colocado Botelho como favorito na intenção de votos, alegando que esses levantamentos não definem resultado das eleições.

“Eu escolherei em Cuiabá o que o União Brasil vai fazer. Se pesquisa decidisse resultado eleitoral, o Blairo [Maggi] não teria sido governador desse Estado, tem um monte de exemplo. Pesquisa é a fotografia do momento”.

Trampolim eleitoral

Com o anúncio da saída de Mauro Carvalho da Casa Civil Mendes convidou Garcia para permanecer na chefia da secretaria.

Desde o ano passado foi especulado que o cargo era uma maneira de Garcia se aproximar dos cuiabanos para ganhar força política.

Porém, hoje Mendes voltou a negar a intenção de alavancar a candidatura dele por meio da nomeação.

“Não tem absolutamente nada a ver. Simplesmente alguém precisa estar no cargo. É muito mais lógico e racional eu manter ele no cargo até que essa definição ocorra do que ele sair como estava previsto e eu colocar alguém transitório agora. Eu não tenho alguém de bate-pronto para colocar no cargo”.