“Me comparo ao Capitão Nascimento; quero romper com o sistema”

O tenente-coronel da Polícia Militar Marcos Paccola está disputando a sua primeira eleição este ano. Filiado ao Cidadania, ele tenta conquistar uma das 25 vagas para  a Câmara de Vereadores de Cuiabá.

Ele contou que uma das inspirações para a tomada de decisão foi o personagem Capitão Nascimento, do filme "Tropa de Elite", que assim como Paccola, fez sua história como militar atuando no Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope) – grupo conhecido por atuar em situações de extremo risco.

“Estarei só mudando as armas e as estratégias, mas a vontade de lutar e guerrear é a mesma. A minha história é muito parecida com o Capitão Nascimento. Servi por 10 anos no Bope, fui para a Secretaria de Segurança Pública, fui para o Cira (Comitê Interinstitucional de Recuperação de Ativos). Trabalhei em investigações contra o ex-governador Silval Barbosa, Pedro Nadaf, Eder Moraes e diversos outros personagens do colarinho branco”, relembrou o candidato, em entrevista ao MidiaNews.

Paccola, no entanto, esclareceu que, diferente do personagem interpretado pelo ator Wagner Moura, ele quer “romper” com sistema político atual.

“Eu me comparo com o Capitão Nascimento. A nossa única diferença é que ele não teve coragem de romper com o sistema de dentro, e eu vou fazer isso. A implosão tem que ser de dentro

Eu me comparo com o Capitão Nascimento. A nossa única diferença é que ele não teve coragem de romper com o sistema de dentro, e eu vou fazer isso

para fora. Do lado de fora, não temos condições de enfrentar o sistema”, avaliou.

“Se eu conseguir travar uma engrenagem do sistema, eu já vou ajudando. E o meu objetivo como político é o mesmo com operação especiais: inspirar pessoas e transformar ambientes”, completou.

Outra inspiração do candidato é o também militar e atual presidente Jair Bolsonaro (sem partido). De acordo com o candidato, a campanha à presidência de Bolsonaro mostrou que a política é possível para quem tem poucos recursos financeiros.

"Tínhamos a visão de que era preciso ter muito dinheiro e que o poder econômico predominava. Até a eleição de Bolsonaro, que gastou praticamente 1% do valor do segundo lugar naquela eleição. Um dos grandes legados dele é que é possível fazer uma política a partir de uma campanha sem conchavos, sem se render a grupos econômicos", disse.

Projetos

Com a bandeira do militarismo e da segurança pública, Paccola contou que seus projetos como vereador possuem cinco frentes: redução e otimização da máquina pública; fomento da ciência e tecnologia; valorização dos servidores municipais; incentivo ao amor e respeito por meio de projetos sociais e otimização da segurança municipal.

A última, segundo o candidato, se dá no incentivo de um programa que já existe, o “Jornada Voluntária”.

“Para propositura, estamos focando nos policiais que estão servindo na jornada voluntária da Prefeitura - que é um programa muito legal. Ali, você não impacta a máquina e em qualquer situação de crise é possível enxugar sem ter um endividamento com servidores”, disse.

“Queremos ampliar isso pro bombeiros, para que possam fazer pequenos combates na área urbana e evitar que os incêndios se alastrem”, contou.