Mendes anuncia Programa MT33 para reduzir danos da reforma

O governador Mauro Mendes (União) anunciou nesta segunda-feira (3) a criação do Programa MT33, que será criado para mitigar os possíveis danos da reforma tributária no estado de Mato Grosso.

Até o final de fevereiro ou início de março vamos apresentar aos senhores um programa chamado MT33

Segundo Mendes, a reforma aprovada no Congresso será prejudicial para o Estado. Com isso, a partir de 2033, Mato Grosso poderia se “deteriorar” economicamente.

“Nós teremos uma reforma tributária que será muito desafiadora para o Estado de Mato Grosso. Se não tivermos muita responsabilidade fiscal até 2033, Mato Grosso vai deteriorar”, disse o governador durante discurso na posse de Max Russi (PSB) como novo presidente da Mesa Diretora da Assembleia Legislativa.

No governo a proposta deve ser montada pelo vice-governador Otaviano Pivetta, pelo secretário de Fazenda, Rogério Gallo, e pelo secretário-chefe da Casa Civil, Fábio Garcia. E então entre o final de fevereiro e início de março deve ser apresentada para discussão na Assembleia.

“Até o final de fevereiro ou início de março vamos apresentar aos senhores um programa chamado MT33, que é um programa com diversas ações nos próximos anos para chegar em 2033 e não sermos engolidos por uma reforma tributária que não será boa para Mato Grosso”.

Segundo o chefe do Excutivo, a reforma vai acabar com a cobrança do ICMS na origem e no destino. As mudanças começam somente em 2033, mas medidas de transição já começam 2026.

“Só teremos o IVA [Imposto sobre Valor Agregado] daquilo que consumirmos dentro do Estado. Temos uma baixa população, 3,7 milhões de habitantes. Nossa capacidade de consumo é baixa. Precisamos entender isso e agir com cabeça e estratégia até lá”, alertou.

Mendes destacou que o Estado tem hoje o menor ICMS entre os estados brasileiros, com alíquota de 17%. Ele diz que fez a opção de não encaminhar à Assembleia o aumento de impostos neste momento.

Mendes também fez críticas ao Governo Federal. “Os juros estão na casa de 15%, o dólar oscilando e a inflação voltando porque o governo federal tem a contas públicas totalmente fora do controle”, disparou.

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