Ministro nega que Governo Federal queira barrar ferrovia em MT

O senador Jayme Campos (DEM) afirmou que o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira, negou que o Governo Federal planeja barrar, por meio de uma medida provisória, o processo de concessão da ferrovia estadual.

O governador Mauro Mendes (DEM) deu o pontapé inicial para a extensão da Ferronorte no mês passado. O projeto, que liga Rondonópolis a Lucas do Rio Verde e a Cuiabá, irá se conectar com a Malha Paulista, que leva até o Porto de Santos (SP). Entretanto, rumores dão conta de que o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Oliveira, estaria planejando atrapalhar o processo.

Mendes e Jayme se reuniram virtualmente com Nogueira, nesta segunda-feira (9), para discutir sobre o rumor. O ministro garantiu que a medida provisória não será publicada sem antes ser comunicada a Mendes e debatida com a bancada de Mato Grosso.

“Houve a informação de que o ministro Tarcísio estava editando uma medida provisória para que inviabilizasse essa possibilidade de o Estado ser o concessionário. Mas, me parece que não há muito fundamento”, afirmou.

Aqui em Mato Grosso ninguém é filho de pai assombrado. Uma decisão como está é uma falta de consideração e respeito

“Fizemos uma tratativa com o chefe da Casa Civil, senador Ciro Nogueira, que garantiu que nada vai acontecer sem ter uma discussão com a bancada de Mato Grosso e sobretudo, com o governador”, emendou.

Para Jayme, a publicação da medida provisória seria uma "falta de consideração e respeito” por parte do ministro com o Estado de Mato Grosso.

“Aqui em Mato Grosso ninguém é filho de pai assombrado. Uma decisão como está é uma falta de consideração e respeito, na medida que estamos oferecendo a possibilidade de o Estado fazer esse chamamento público e que a ferrovia sair com maior rapidez possível”, disse.

Impedimento legal

Jayme ainda afirmou que não há impedimento legal para o Estado faça a concessão ao trecho da ferrovia, posto que a mesma não avança ao território de outros Estados.

“Mas não há impedimento legal, muito pelo contrário. Legalmente é possível. O governo do Estado está facilitando as coisas para que possamos nos próximos 15 dias, fazer de forma definitiva um ato político, dizendo agora a ferrovia vai”, afirmou.

A expectativa é de que, assim que findado o processo de concessão, as obras tenham início no máximo até janeiro do ano que vem.

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