Mulheres e pessoas com o ensino médio são as mais indecisas

A poucos dias das eleições de 2024, o cenário ainda parece em aberto sobre um encerramento no primeiro turno ou um eventual segundo. Alguns fatores fazem esse cenário ficar incerto até domingo (6), como os eleitores que podem mudar o voto e o tamanho da abstenção.

Mas o que pode decidir a disputa é um grupo que até poucos dias atrás representava 11,7% da população segundo a última pesquisa do Instituto Percent Brasil, divulgada no sábado (28): os indecisos. Os dados se referem à modalidade estimulada, quando o entrevistador apresenta uma relação de candidatos ao eleitor.

Em busca de conhecer quem é essa parcela do eleitorado, o MidiaNews analisou os dados da Percent Brasil.

De acordo com o Instituto, a maioria dos indecisos são mulheres, com idades entre 35 a 59 anos, com escolaridade média, renda de até 2 salários mínimos e estão na zona urbana de Cuiabá, principalmente nas regiões Sul (Coxipó) e Oeste (do Porto ao Alvorada).

Dados destrinchados

Levando em conta o gênero dos eleitores, no universo desses 11% que disseram não saber ou estar indecisos, 57,7% são mulheres e 42,3% são do sexo masculino.

Quanto à faixa etária, a maioria dos indecisos são adultos de 35 a 44 anos, que representam 26,8% desse segmento, enquanto os mais jovens são 11,3%. Os eleitores de 25 a 34 anos são 25,4%, de 25 a 34 anos 19% e pessoas com 60 anos ou mais 17,6%.

Pessoas com ensino médio completo ou incompleto são os mais indecisos (58,5%). Quem possui ensino fundamental completo ou incompleto (26,8%), superior completo ou incompleto (12%) e por fim analfabetos e pessoas que leem e escrevem (2,8%) vêm logo em seguida.

A maioria dos que se dizem indecisos ganha de um a dois salários mínimos (53,5%). Quem ganha mais de dois a cinco (33,1%), e quem ganha até um (9,9%) vêm em seguida. A parcela que tem mais de cinco salários mínimos são 3,5%.

O Instituto não testou a volatilidade do eleitor, ou seja, aqueles que disseram votar em algum candidato, mas que podem mudar de opinião até a hora do voto ou que não muda de jeito nenhum.

Outro fator decisivo pode ser a abstenção do eleitorado. No primeiro turno de 2020, a abstenção foi de 22%, cerca de 83 mil eleitores. Entretanto, aquele ainda era um cenário de pandemia.

Neste domingo, para facilitar o deslocamento do eleitor, a tarifa de ônibus custará somente R$ 1 na Capital.

Cenário geral

Segundo os números divulgados no início da semana, Eduardo Botelho (União) lidera com 37,3% das intenções de votos, na modalidade estimulada. Ele é seguido de Abílio Brunini (PL) com 24,1%.

Ludio Cabral (PT) aparece em terceiro lugar, com 18,2%. Por último está Domingos Kennedy (MDB) com 6,1%.

Mesmo a poucos dias das eleições, marcada para o dia 6 de outubro, a pesquisa aponta ainda que brancos e nulos somam 2,2%.

A pesquisa ouviu 1.200 pessoas entre os dias 24 e 27 de setembro nas zonas rural e urbana de Cuiabá.

O intervalo de confiança é de 95%. A margem de erro está limitada a 2,83% para mais ou para menos. A pesquisa foi registrada na Justiça Eleitoral sob o número MT-05074/2024.

Veja alguns dos gráficos:

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Botelho tem 37,3%; Abílio 24,1%; e Lúdio 18,2%, diz Percent