O pai do ex-vereador Ralf Leite (PRTB), que teve mandato cassado nta quinta-feira (6), o coronel aposentado da PM e presidente municipal do partido em Cuiabá, Edson Leite da Silva, informou que só concederá entrevista, a partir de agora, pessoalmente. "Não vou mais dar entrevista pelo telefone, por telefone não falo mais. Alguns jornalistas desvirtuam o que falo e agora só falo, pessoalmente", informou.
Em ofício do PRTB com numeração 18/09, datado de quarta-feira (5), Edson Leite solicitou ao vereador Néviton Fagundes (PRTB) que se posicionasse pela contra a cassação de Ralf Leite e pela não abertura da comissão processante contra o vereador Lutero Ponce (PMDB), acusado pela Delegacia Fazendária de fraude no montante de R$ 7,5 milhões.
Mesmo correndo risco de ser expulso do partido, Néviton contrariou a decisão do presidente partidário e votou pela perda do mandato de Ralf Leite e pela abertura da comissão processante. "Em nenhum momento, quis desacatar o presidente do partido. Foi um ato de coerência, pois votei com quem me elegeu e também por acreditar que o diretório municipal não estava coberto de razão nessa solicitação", disse Néviton.
O parlamentar informou que, agora, esperará uma posição do partido, afirmou estar temeroso com as possíveis punições, mas não se arrepende do voto.
Néviton, com essa postura, seria reincidente, pois, na eleição da Mesa Diretora, apoiou a chapa derrotada de Lueci Ramos (PSDB), não votando no grupo em que Ralf Leite fazia parte - 2º vice-presidente - do grupo dos 10, liderados pelo presidente Deucimar Silva (PP). "Vamos aguardar. Dizer que estou tranqüilo é difícil, pois que dá medo, dá sim", disse.