Cuiabá, Sábado, 23 de Agosto de 2025
"CONSEGUE UM DOCUMENTO HOJE?"
18.08.2023 | 07h00 Tamanho do texto A- A+

Pelo WhatsApp, prefeito agendava local para pegar propina

MPE acusa Manoel Neto de corrupção após denúncia do empresário Alessandro de Carvalho

Reprodução

O prefeito Manoel Loureiro Neto, denunciado por corrupção e propina

O prefeito Manoel Loureiro Neto, denunciado por corrupção e propina

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

Conversas no aplicativo WhatsApp mostram que o prefeito Manoel Loureiro Neto (MDB), de Diamantino, sempre avisava o empresário Alessandro Souza de Carvalho quando uma nota fiscal era paga à sua empresa, a construtora Monte Alto Ltda.

Pagamos a sua nota. Depois fala comigo, tá. Consegue um documento pra hoje?

 

Em seguida, o prefeito marcava um encontro para pegar o “documento”, modo pela qual se referia, às vezes, a dinheiro.

 

Manoel Neto foi alvo de uma operação do Ministério Público Estadual (MPE), através do Naco (Núcleo de Ações de Competências Originárias).

 

“Pagamos a sua nota. Depois fala comigo, tá. Consegue um documento pra hoje?", afirmou Manoel Neto, em mensagem no dia 14 de outubro do ano passado.

 

Em outra conversa, entregue pelo empresário ao MPE, o prefeito diz que tem uma “demanda” em Cuiabá.

 

“O dinheiro está na sua conta, está bom? Aí você fala comigo. Eu vou cedinho pra Cuiabá. Se pudesse me arrumar hoje início da noite, ficaria muito grato. Tenho uma demanda na capital e já me ajudaria. Preciso do documento amanhã, antes do almoço, por favor”, diz Manoel Neto na mensagem.

 

Em uma ocasião, em 28 de dezembro do ano passado, Manoel Neto pede para o empresário entregar o dinheiro a Fernando Tenório, seu assessor.

 

“Dando certo já te aviso. E daí, você consegue o documento pra mim? Daí entrega pro Fernando Tenório. Só ligar pra ele e combinar”.

 

Acusação "plausível"

 

Segundo o desembargador Rondon Bassil Dower Filho, que autorizou a operação do MPE contra o prefeito, a tese da acusação é “plausível”, mas reforça a necessidade de investigações complementares.

 

“Como se nota, a tese ministerial de que o chefe do Poder Executivo teria exigido vantagem indevida é plausível e encontra certa ressonância nos elementos encartados nos autos, mas ainda se afigura primordial aprofundar as diligências investigatórias"

 

Leia mais sobre o assunto:

 

Vídeo mostra prefeito contando dinheiro de suposta propina; veja

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lucas  18.08.23 08h04
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