A defesa de Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), criticou sua prisão, realizada na manhã desta segunda-feira (25), em Cuiabá, como continuidade da 3ª fase da operação Sodoma, que apura a suspeita de pagamentos de propina em contratos celebrados com o governo do Estado na gestão de 2010 a 2014.
As investigações apontam que Rodrigo teria cometido crime de corrupção junto com a suposta organização criminosa chefiada por seu pai. Ele também teria recebido propina no governo Silval Barbosa.
O advogado Valber Melo, que defende o empresário, disse que ainda não teve acesso ao mandado de prisão preventiva contra Rodrigo e “estranhou” o fato de a prisão ter sido decretada com base em delações premiadas dos ex-secretários de Estado de Administração Cezar Zílio e Pedro Elias.
“A defesa não teve acesso à decisão, nem à representação da prisão preventiva. O que sabemos é que a prisão é decorrente de uma eventual delação”, disse Melo, após deixar a sede da Delegacia Fazendária (Defaz), na tarde de hoje.
“O que a defesa estranha é que prisões sejam decretadas, em Mato Grosso, com base em uma delação unilateral, sem qualquer outra prova. Pessoas estão sendo presas com base em delações sem qualquer comprovação”, completou.
O advogado também criticou a possibilidade de a prisão ter sido decretada com base em fatos supostamente praticados em 2014.
“Também nos causa estranheza que prisões sejam decretadas, agora em 2016, em relação a fatos supostamente ocorridos na vigência do Governo anterior. Estaríamos falando de 2014. Não teria qualquer contemporaneidade, qualquer necessidade de se decretar uma prisão agora, em que pese qualquer fato que seja. Ainda mais, prisão com base em delações baseadas meramente em palavras”, reiterou o advogado.
Sem participação na gestão
Ainda conforme Valber Melo, Rodrigo Barbosa não teve qualquer participação na gestão do ex-governador Silval Barbosa.
“O Rodrigo não tem nenhuma participação na gestão. Ele é médico, atua na iniciativa privada, não tem qualquer participação em qualquer fato”, disse.
Ele afirmou ainda que a defesa tentará, ainda hoje, ter acesso aos documentos relacionados à prisão, para poder impetrar com alguma medida requerendo a liberdade do empresário, o mais breve possível.
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1 Comentário(s).
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rodrigo 26.04.16 07h57 | ||||
A defesa não teve acesso à decisão, nem à representação da prisão preventiva, mas diz que não há provas. É pra rir de uma frase dessas | ||||
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