O diretor-geral em exercício da Polícia Federal, delegado Maurício Leite Valeixo, garantiu ao desembargador Orlando Perri, do Tribunal de Justiça (TJ-MT), apoio quanto à realização de perícias em equipamentos apreendidos no âmbito das investigações relativas ao esquema de grampos ilegais operado em Mato Grosso.
A garantia foi dada em ofício encaminhado por Valeixo a Perri no último 29. O pedido havia sido feito pelo próprio magistrado ao ministro da Justiça, Torquato Jardim.
A ideia, conforme apurou a reportagem, é evitar uma possível interferência nos trabalhos realizados pela Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec), já que há militares investigados no esquema.
Até o próprio ex-secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, foi preso em decorrência das investigações e a Politec é um órgão que integra a Sesp.
“Em atenção ao Ofício n. 24/2017?GAB, dirigido ao senhor ministro da Justiça e Segurança Pública, no que compete às atribuições da Polícia Federal, informo que a PF poderá prestar o apoio necessário na realização de perícias criminais referentes às investigações presididas por vossa excelência quanto a possíveis interceptações telefônicas ilegais ocorridas no Estado de Mato Grosso”, diz trecho do ofício assinado pelo diretor-geral da PF.
Para proceder à realização das perícias, Valeixo solicitou que sejam dirigidos diretamente à Superintendência Regional da PF em Mato Grosso os pedidos de apoio pericial, especificando em cada caso os quesitos que deverão ser respondidos pelos peritos criminais federais.
O documento encaminhado pela PF ainda faz referência a outro pedido feito pelo desembargador sobre uma perícia em um equipamento específico. O ofício, no entanto, não revela que equipamento seria este.
“Quanto ao pedido constante no ofício 28/2017, solicito a vossa excelência que remeta o equipamento à SR/PF/MT para que a perícia criminal possa adotar as providências necessárias para tentar extrair os dados do equipamento mencionado”, escreveu Valeixo.
Entre os equipamentos a serem periciados estariam, inclusive, itens apreendidos no prédio da Sesp, durante a deflagração da Operação Esdras, na última semana.
Na ocasião, os delegados Ana Cristina Feldner e Flávio Henrique Stringueta cumpririam mandados de busca e apreensão no local.
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1 Comentário(s).
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Carlos 04.10.17 19h02 | ||||
Com certeza a PF colocará "em pratos limpos". A sociedade merece todos os esclarecimentos. | ||||
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