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13.03.2017 | 16h10 Tamanho do texto A- A+

“Resposta de Taques não condiz com estatura de um governador”

Romoaldo Junior critica declaração de tucano sobre criação de CPI na época em que presidiu a AL-MT

Marcus Mesquita/MidiaNews

O deputado estadual Romoaldo Junior: críticas a Taques

O deputado estadual Romoaldo Junior: críticas a Taques

DOUGLAS TRIELLI
DA REDAÇÃO

O deputado estadual Romoaldo Junior (PMDB) classificou como “infeliz” a declaração do governador Pedro Taques (PSDB) sobre a criação da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar um suposto “rombo” de R$ 700 milhões no Fundo Previdenciário de Mato Grosso (MT-Prev).

 

Em conversa com a imprensa na última semana, o tucano alfinetou a deputada Janaina Riva (PMDB) e sugeriu que os parlamentares investiguem os R$ 500 milhões que teriam sido desviados nos últimos 20 anos da Assembleia, período em que o pai de Janaina, o ex-deputado José Riva, comandou o Legislativo.

 

Em entrevista à rádio Capital FM, nesta segunda-feira (13), Romoaldo - que esteve na presidência da Assembleia no período que Taques pediu que se investigue - disse que a afirmação “não condiz com a estatura de um governador”.

 

Ele foi infeliz. A resposta dele não condiz com a estatura de um governador. A deputada Janaina fez essa proposição e tem que ser respeitada

“Ele foi infeliz. A resposta dele não condiz com a estatura de um governador. A deputada Janaina fez essa proposição e tem que ser respeitada. E ela não pode, de forma alguma, responder pelos 20 últimos anos da Assembleia. O pai dela [José Riva] foi deputado e ajudou muitas pessoas em Mato Grosso, mas ela não pode responder”, afirmou.

 

Romoaldo ainda afirmou que mesmo que se investigasse os últimos 100 anos da Assembleia, não encontrariam o montante citado pelo governador.

 

“Ele foi indelicado, fora de momento e infeliz em sua resposta. Mesmo porque, se você somar os últimos 100 anos, a Assembleia não terá desviado esses R$ 500 milhões que ele falou”, disse.

 

Assistencialismo

 

O parlamentar citou, ainda, que parte dos processos respondidos pelos ex-presidentes do Legislativo é por conta do assistencialismo prestado à sociedade.

 

Ele já havia falado sobre o assunto durante audiência da Operação Imperador, que investiga um suposto esquema de desvio de R$ 61 milhões dos cofres da Assembleia, entre os anos de 2005 e 2009 (Leia no link abaixo).

 

Mesmo reconhecendo que o papel da Assembleia é legislar, Romoaldo disse que nenhum deputado “se furtou” em fazer um atendimento social.

 

“Seria papel do Governo, mas se não fizer as pessoas morrem. Os deputados de Mato Grosso sempre fizeram esse papel há mais de 30 anos. Hoje não se faz mais porque nenhum deputado tem coragem de atender e depois responder processo por corrupção porque deu um caixão, deu um remédio, ajudou o Hospital Santa Rita, São Benedito, ajudou um torneio de futebol, uma formatura”, afirmou.

 

“Óbvio que o nosso papel é fiscalizar e legislar, mas na hora que a pessoa está com um parente, com uma pessoa com necessidade, a Assembleia nunca se furtou a ajudar e hoje está pagando o preço por isso”, completou.

 

Leia também:

 

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