Roberto Campos Neto aceitou o convite para presidir o Banco Central no governo de Jair Bolsonaro. O economista terá seu nome indicado ao Senado. Com extensa experiência na área financeira, ele, como esperado, foi bem recebido pelo mercado.
O economista tem especialização pela Universidade da Califórnia em Los Angeles (Ucla) e uma carreira de quase 18 anos no Santander, só interrompida por uma curta passagem pela gestora de recursos Claritas.
No processo de escolha, as credenciais técnicas do futuro presidente do BC se juntaram a um aspecto importante: o economista é neto de Roberto Campos, um ícone da escola liberal brasileira, morto em 2001.
Foi pelo avô, de quem era próximo, que Guedes chegou ao neto. O parentesco não é irrelevante para um governo que preza por simbologias.

Bolsonaro já afirmou ter o sonho de ser lembrado como aquele que redirecionou o Brasil para um viés mais liberal —o que inclui, dentre outros pontos, a defesa de uma menor intervenção estatal.
A adesão do neto à equipe de Bolsonaro é tratada como um marco da chegada dos liberais ao governo após anos de social-democracia.
Campos Neto liderou a tesouraria do Santander, segmento que cuida dos investimentos do próprio banco e costuma estar entre as áreas mais rentáveis.
Já o seu avô foi ministro do Planejamento no governo do general Castello Branco, negociador da dívida externa do país e, curiosamente, um dos primeiros defensores da autonomia do BC como uma forma de afastar a ingerência política.
Ao propor o projeto ao sucessor de Castello Branco, o marechal Costa e Silva, teve como resposta "o guardião da moeda sou eu". O episódio pode servir como uma lembrança para o neto de desafios impostos pela vida pública.
O avô defendeu o estado mínimo, o câmbio livre e a propriedade privada de forma contundente. Foi, além de economista, diplomata e professor. Comandou a embaixada do Brasil em Washington e integrou a Academia Brasileira de Letras.
Seu livro "A Lanterna na Popa" é um marco do pensamento liberal brasileiro.
A troca de Ilan por Campos Neto não foi muito sentida pelo mercado, que tem a avaliação de que ele seguirá regendo a inflação com mãos firmes, a despeito da inexperiência no setor público.
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4 Comentário(s).
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Julio Campos 17.11.18 08h17 | ||||
Excelente escolha, temos confiança que Roberto Campos Neto, vai fazer um grande trabalho frente ao BC. Aplausos | ||||
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JULIO JOSE DE CAMPOS 16.11.18 15h43 | ||||
Quero parabenizar o Presidente Bolsonao e o futuro Ministro da Fazenda Dr.Paulo Guedes, pela escolha do Dr.Roberto Campos Neto para a Presidencia do Banco Central do Brasil.Economista dos mais competentes e honrado e neto do nosso saudoso Senador Matogrosse se Roberto Campos, meu grande aliado nas eleicoes vitoriosa de 1982 e no processo de desenvolvimento de MT entre 1983/87. Parabens e sucesso sao os votos dos CAMPOS de MT. | ||||
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Air Francisco Costa 16.11.18 13h03 | ||||
A diferença entre estado e governo, o estado em sua definição é território, povo - e cuja finalidade é o bem estar dele, moldado pela constituição de uma nação; governo é grupo de interesse, são servidores do legislativo e judiciário e da sociedade civil que buscam administrar a nação para das informações privilegiadas se darem bem. Assim no liberalismo econômico, defendiam a livre concorrência, a lei da oferta e procura. Sem contar que foram os primeiros a trabalhar economia com ciências, física, biologia, matemática e principalmente o iluminismo, os princípios e ideias vieram de Adam Smith e François Quesnay. Liberalismo De Adam Smith. ... Adam Smith declara como sendo o objetivo central de sua teoria econômica a produção em seu aspecto social, no qual a base do crescimento econômico de uma sociedade se alicerça fundamentalmente no próprio trabalho dos homens. fonte: https://pt.wikipedia.org. Assim sendo, o mercado reagiu bem a indicação do presidente do BC, pois sabem que vão vender tudo quanto é estatal, a preço de banana e ainda financiam os recursos monetários, via BNDES. Ou seja, sempre o cidadão que leva na cabeça. Não há governo que dê conta de uma nação, quando os sistemas governamentais (previdenciário, político, prisional, financeiro, trabalhistas e etc. ) precisam de reformas. | ||||
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Edivaldo da silva santos 16.11.18 12h52 |
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